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domingo, 17 de agosto de 2014

Clima de emoção marca o cortejo fúnebre do ex-governador Eduardo Campos

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Do JC Online
charlesnasci@yahoo.com.br

A Avenida Mascarenhas de Morais abriu de forma emocionante o cortejo fúnebre do ex-governador Eduardo Campos e de seus assessores, que morreram na última quarta-feira (13) em um trágico acidente. Milhares de carros, motos e bicicletas ocuparam as quatro faixas da Mascarenhas, seguindo os carros de Bombeiros, cruzando 10 bairros da capital pernambucana. Ao sair da base aérea do Recife, o comboio de viaturas com os três caixões se deparou com uma fila de carros que aguardava a saída do cortejo fúnebre. Em cima dos caminhões dos Bombeiros, os filhos de Eduardo Campos ergueram os punhos serrados, repetindo o gesto que era uma marca do ex-governador. Alguns torcedores do Náutico vestiram a camisa alvirrubra em homenagem a Eduardo, que era adepto do Timbu.

Bandeiras de Pernambuco e do Brasil vestiram a Mascarenhas de Morais. O adeus a Eduardo Campos mobilizou e emocionou pessoas de todas as idades. "Luz, paz, força", desejam os pernambucanos à viúva Renata Campos. Moradores da Ilha de Deus, na Imbiribeira, choram por Eduardo Campos. "Ele olhou para nós", disse uma senhora, da calçada, enquanto acena. Crianças acompanham os pais nos adeus a Eduardo Campos. A cicatriz do povo pernambucano não tem idade. Os moradores das áreas de morro uniram-se ao adeus a Eduardo Campos. A passagem pela Avenida Norte marcou o reencontro simbólico de Eduardo com o seu avô, Miguel Arraes, que dá nome à via. Passando pela Jaqueira e Parnamirim, carreata recebe mais carinho da população.
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Em frente ao Palácio do Campo das Princesas, destino do comboio de viaturas, a multidão grita: "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro!". O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-PE), líder do partido na Câmara dos Deputados, estava no meio da multidão, na frente do Palácio, e declarou que a sigla irá seguir os ideais de Eduardo Campos e que só tomará alguma decisão após a reunião marcada para a próxima quarta-feira (20). O presidenciável Eduardo Jorge (PV) também estava no local e disse que apelou ao ministro Dias Tóffoli, do TSE, para adiar o início do guia eleitoral, mas não houve acordo entre os partidos.