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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Mais um escândalo

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do Blog de Magno Martins
charlesnasci@yahoo.com.br

A informação de que a miséria aumentou no País em 2013, interrompendo uma queda que vinha desde 2004, em estudo feito pelo IPEA, órgão do Governo, mas omitido durante a campanha presidencial de segundo turno, não deixa de ser mais um escândalo. O Governo fez de tudo para reeleger Dilma, inclusive esconder a miséria.

Marcelo Neri, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, disse que não houve omissão, mas uma decisão de cautela para resguardar a instituição durante o período eleitoral, porque, segundo ele, existem restrições sobre a capacidade de divulgar dados, limitações jurídicas. Assim, o Ipea decidiu de forma autônoma, sem interveniência. Acredite, caro leitor, se quiser! Há controvérsias. Muitas controvérsias! Em seu blog, Reinaldo Azevedo desafiou Neri a mostrar qual lei impediria tal divulgação. Não obteve resposta.

Quando analisamos o histórico de Neri, a desconfiança aumenta. Foi o responsável pela criação da “nova classe média”, ao reduzir os valores reais necessários para se fazer parte do grupo. Hoje, favelados que ganham menos de R$ 1,8 mil (renda da família) são considerados classe média. O Brasil ainda é um País com muita miséria, bem diferente da maravilha pintada durante a campanha de Dilma. Mais de 10 milhões de pessoas na extrema pobreza é algo chocante. E o fato de essa quantidade ter aumentado em quase 400 mil pessoas em 2013 é alarmante. O Ipea tenta minimizar o problema, mas não deveria, e só o faz por já ser completamente politizado e partidário.

Infelizmente, temos um governo que celebra o aumento na quantidade de dependentes do assistencialismo estatal, em vez de focar na melhoria do ambiente econômico para produzir mais riqueza e emprego. O resultado está aí: a miséria já voltou a subir depois que os ventos externos pararam de soprar a nosso favor. O governo do PT torrou o bilhete de loteria que ganhamos com o crescimento chinês e a abundância de liquidez no mundo. Agora é hora da fatura. Os mais pobres vão sofrer mais, como sempre.