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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Em Surubim ou qualquer outro lugar do planeta, já somos reféns dos smartphones

Do Surubim News (Luiz Carlos Mota)
charlesnasci@yahoo.com.br

O vício em smartphones não é exclusividade (de boa parte) dos surubinenses. A tendência vem dominando o planeta, que entrelaça-se aos aparatos tecnológicos cada vez mais, tornando as novas gerações extremamente dependentes dos "mimos digitais". De acordo com as regras de etiqueta, no Japão ainda é indevido, muito desrespeitoso, falar ao celular em ônibus e metrôs. Mas casos assim são exceções, raras.

Atualmente é costumeiro notar pessoas deixando de interagir com amigos para dialogar via WhatsApp ou vidrados em selfies para publicar no Instagram. Há quem prefira divulgar o que bebe e come ao invés de somente bebê-lo e comê-lo. O próprio Facebook, que teve seu auge nos desktops, é o Orkut da vez para aqueles que preferem doar seu tempo em conversas intermináveis num chat instantâneo, que também grava áudios e vídeos.

A surubinense Mayara Cabral, esquecendo de se alimentar para mexer no seu adorado smartphone | Foto: ilustração
A surubinense Mayara Cabral, esquecendo de se alimentar para mexer no seu adorado smartphone (Foto: ilustração)
A surubinense Mayara Cabral é um exemplo de pessoa viciada em aplicativos. Ela confessa que tal hábito “prejudica seu trabalho, seu sono e sua interação”. Ainda acrescenta que “acaba irritando algumas amizades por não prestar atenção no que estão dizendo”. Seja num ambiente de trabalho, nas praças, na hora das refeições ou em bares e restaurantes, atualmente é praticamente impossível não notar a população fissurada no entretenimento oferecido pelos smartphones.

Padaria Cristal, Bar da Piaba, Capitu, Dadal, Boi na Brasa, Amparo, Marista, repartições públicas e privadas… Na rotina de (quase) todo mundo a mania definitivamente é viver registrando ou fazendo tudo pelo smartphone. Que ainda estimula o consumismo, a luta desesperada para se atualizar, gastando o que tem e o que não tem pelo aparelho mais moderno e da moda.

Será isso benéfico, prático, inevitável? Será isso desgastante, nocivo, exagerado? Depende do ponto de vista e filosofia de vida de cada um. Depende da necessidade e maneira de utilização. Depende dos prós e dos contras, numa avaliação pessoal. Entretanto, falando por mim, em reino de iPhone, quem conversa olhando nos olhos, sem se preocupar com check-in, é REI!