Dona Maria Alice, 89 anos: "Como é lindo esse cinema, a gente vai sentir tanta saudade de vocês…" (Foto: Divulgação/Reprodução) |
Do Cine Sesi Cultural
charlesnasci@yahoo.com.br
Casinhas. Interior de Pernambuco. Dona Maria Alice Barbosa Saraiva, 89 anos, um sonho e uma mania. O sonho de ir ao cinema pela primeira vez. A mania de sentar na calçada de casa e prosear com a vizinhança. "Não sou inimiga de ninguém nessa rua, o que eu gosto mesmo é de conversar". Mania que se preza tem horário. Todo dia, às 5 da tarde, Dona Maria Alice puxa uma cadeira e senta na calçada. Mas na última sexta-feira, fazendo o de costume, na hora de sempre, aconteceu o inesperado. Um cinema completinho apareceu montado bem ali. Na sua porta.
Nos dias seguintes, Dona Maria Alice puxou duas cadeiras. E ficou esperando alguém da produção do tal cinema passar para sentar com ela. Depois, do mesmo lugarzinho, assistiu a todos os filmes. Quando o cheiro da pipoca chegava, ela abria um sorrizão. "Será que alguém vai trazer para mim hoje?" Claro, querida senhora. Quando a gente sonha por tanto tempo e com tanta vontade, o sonho acontece por inteiro. Com tapete vermelho e pipoca quentinha.
"Como é lindo esse cinema, a gente vai sentir tanta saudade de vocês…" Nós, também. Na segunda-feira, o projeto foi embora da cidade. Mas o cinema não. Continua até hoje nas conversas daquela calçada. Mania de Dona Maria Alice.
P.S. Casinhas tem 14 mil habitantes. 3.500 foram ao cinema.
Casinhas. Interior de Pernambuco. Dona Maria Alice Barbosa Saraiva, 89 anos, um sonho e uma mania. O sonho de ir ao cinema pela primeira vez. A mania de sentar na calçada de casa e prosear com a vizinhança. "Não sou inimiga de ninguém nessa rua, o que eu gosto mesmo é de conversar". Mania que se preza tem horário. Todo dia, às 5 da tarde, Dona Maria Alice puxa uma cadeira e senta na calçada. Mas na última sexta-feira, fazendo o de costume, na hora de sempre, aconteceu o inesperado. Um cinema completinho apareceu montado bem ali. Na sua porta.
Nos dias seguintes, Dona Maria Alice puxou duas cadeiras. E ficou esperando alguém da produção do tal cinema passar para sentar com ela. Depois, do mesmo lugarzinho, assistiu a todos os filmes. Quando o cheiro da pipoca chegava, ela abria um sorrizão. "Será que alguém vai trazer para mim hoje?" Claro, querida senhora. Quando a gente sonha por tanto tempo e com tanta vontade, o sonho acontece por inteiro. Com tapete vermelho e pipoca quentinha.
"Como é lindo esse cinema, a gente vai sentir tanta saudade de vocês…" Nós, também. Na segunda-feira, o projeto foi embora da cidade. Mas o cinema não. Continua até hoje nas conversas daquela calçada. Mania de Dona Maria Alice.
P.S. Casinhas tem 14 mil habitantes. 3.500 foram ao cinema.