Subscribe:
.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

"É BICHA?" I Documentário pernambucano "Bichas" repercute nas redes sociais. ASSISTA!

Filme conta a vida de seis jovens a partir de uma cronologia de fatos. Ideia é pôr um fim à associação do termo 'bicha' como algo negativo
'Bichas', o documentário, foi lançado no sábado (Foto: Divulgação)
Do G1
charlesnasci@yahoo.com.br

Com mais de 210 mil visualizações até agora, após cinco dias do lançamento, o documentário “Bichas”, do pernambucano Marlon Parente, repercute nas redes sociais com a bandeira do empoderamento homossexual a partir do relato de seis jovens gays. O filme, lançado na internet no sábado (20), mostra como a auto aceitação mudou a vida deles. A ideia do documentário surgiu depois que o criador sofreu, em setembro, uma ameaça de morte por andar de mãos dadas com outro homem.

Bruno Delgado, Igor Ferreira, Ítalo Amorim, João Pedro Simões, Orlando Dantas e João Pedro Carneiro narram desde o momento em que se descobriram homossexuais até a revelação para a família, esbarrando no preconceito social e em pensamentos de suicídio. Por fim, vem a total aceitação de quem são: bichas, não com uma conotação ruim, mas como um elogio, com orgulho de sê-lo.

Assista o documentário:

     

Seguindo uma ordem cronológica, da auto descoberta até vir a orientação se torna algo público, as histórias seguiram rumos diferentes. Em trecho do documentário, Orlando Dantas, 22, foi confrontado pelo pai: "ele me perguntou: " aí? Agora tu é veado? É bicha?" Mas eu não chorei. Se eu chorasse estaria me colocando como culpado de uma coisa que não sou, que é uma coisa natural. Essa coisa da não-aceitação que não é natural", diz o jovem, em vídeo.

Já Igor Ferreira, 19, já recebe apoio da mãe até em assuntos como moda: "eu pinto minhas unhas e elas estão borradas e ela [mãe] fala "menino, ajeita essas unhas". O jovem, que pertencia a igreja, conta também no vídeo que nem sempre sua vida foi tão positiva: "queriam me xingar de bicha, gay, veado, e eu não queria aqueles adjetivos para mim. Passei a odiar isso e parecia que [esses termos] só existiam para me zoarem. A palavra me machucava e reforçava meu pensamento de não querer ser bicha". A ideia de criar o documentário sobre o orgulho que deveria ser sentido pela palavra veio do publicitário Marlon Parente, 23, depois de passar por um episódio de agressão na rua por sua orientação sexual.

Continue lendo clicando aqui.