Subscribe:
.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

No Congresso, Dilma é vaiada ao defender CPMF

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do UOL
charlesnasci@yahoo.com.br

A presidente Dilma Rousseff foi vaiada ao afirmar na tarde desta terça-feira (2) que "não pode prescindir de medidas temporárias para estabilidade fiscal" como a aprovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), em sua mensagem ao Congresso Nacional. Enquanto parte do Congresso vaiava, outra aplaudia o discurso apoiando a medida. "Peço que levem em conta a excepcionalidade do momento. Levem em conta dados, e não opiniões", afirmou a presidente. Ao chegar ao plenário da Câmara Federal, Dilma foi aplaudida. Porém alguns deputados mostravam cartazes onde se lia "Xô CPMF!", referência direta ao imposto sobre contribuição financeira que o governo pretende retomar neste ano.

A presidente começou o discurso falando em "estabilização fiscal" para a "retomada da economia" e o controle da inflação. Para tal, Dilma sugeriu que "o ajuste fiscal se torne uma reforma fiscal" e disse em "eliminar distorções" e cortar excessos. A reforma da Previdência voltou a ser defendida por Dilma, "para preservar os direitos". Segundo ela, a Previdência representa 44% dos gastos e a expectativa é que haja um crescimento exponencial. Para Dilma, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e os bancos públicos estão com maior liquidez e serão essenciais na retomada dos investimentos. Ela também defendeu a votação de dois marcos regulatórios: da mineração e das telecomunicações.

     

Sobre a crise energética, a presidente chamou os reservatórios das regiões Sudeste e Sul são "as caixas d'água do país" e lembrou que eles estão, em média, com nível de 44,4% no início de 2016. Assim, segundo ela, "as bandeiras tarifárias poderão ser alteradas podendo assim reduzir gradualmente as tarifas de energia". Sobre os embates políticos com o parlamento, a presidente afirmou que vai procurar "criar um clima de espírito de solidariedade com Congresso Nacional" para que não se perca as conquistas da sociedade brasileira nos últimos anos. A presidente citou ainda os Jogos Olímpicos e afirmou que "os olhos do mundo estarão sobre o Brasil" e que "os próximos cinco meses exigirão um esforço muito grande dos governantes". Por fim, a presidente pediu a colaboração dos parlamentares para a aprovação de medidas de combate ao zika vírus.