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sábado, 20 de fevereiro de 2016

SURUBIM I O dilema de Túlio e sua emperrada "obra faraônica"

O prefeito de Surubim, Túlio Vieira, assinou em 2014 a ordem de serviço para a construção do Anel Viário que vai ligar o Bairro São José à Rodovia PE-90 (Foto: Prefeitura Municipal/Divulgação)
Do SURUBIM NEWS (Luiz Carlos Mota)
charlesnasci@yahoo.com.br

É evidente que a gestão melhorou consideravelmente do ano passado pra cá. O equilíbrio nos cofres públicos e o amadurecimento administrativo são algumas das razões. Ainda há demandas e falhas graves, mas o trabalho do prefeito ganhou contornos bem efetivos. Talvez tarde demais. Em municípios pequenos, quem adquire um rótulo negativo dificilmente consegue retirá-lo em pouco tempo (eu que o diga). No jogo dos conchavos, Túlio Vieira foi traído por vereadores e lideranças políticas. Em contrapartida, alguns dos seus braços direitos demitiram funcionários da prefeitura pra colocar no lugar "votos mais seguros". 

Ninguém é santo! O cenário não é nada favorável. O índice de rejeição alto, a imagem devassada do PT e a oposição cheia de dinheiro e moral, parecem antecipar o desfecho lógico do próximo pleito. Então o que fazer? Ligar o foda-se e deixar as promessas na promessa? Ou fechar os 4 anos de governo com dignidade, cumprindo o que pode, mesmo sabendo que a reeleição é miragem? O anel viário teve a ordem de serviço liberada há tempos. Por alguns impasses, a obra está de rosca, paradinha nos trabalhos iniciais. Aí entra outra questão, baseado no julgamento popular: se o anel viário for concluído, Túlio receberá menosprezo dos que falam "só terminou porque é ano de eleição" e se não houver conclusão, será massacrado pela opinião pública da mesma forma.

É fácil falar, é fácil criticar. Difícil é trabalhar sob pressão, muitas vezes sendo julgado e taxado por pessoas que não sabem como é do lado de dentro da situação. Mas Túlio sabia disso desde quando foi apadrinhado por Flávio, que hoje se encontra convenientemente ao lado do PSB. Então, que seu dilema não vire drama, mas, sim, um motivo pra pôr em prática o que ainda merece ser feito até o finalzinho de 2016. Porque sair de cabeça erguida, com a sensação de dever cumprido, não tem preço. Só honradez!