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sexta-feira, 4 de março de 2016

ZIKA VÍRUS? I Professora com Guillain-Barré perde todos os movimentos: "Gritava de dor"

Síndrome de mulher do litoral de SP pode estar associada ao vírus da zika. Jaqueline Ferreira, de 28 anos, pode se recuperar totalmente em 6 meses
Jaqueline antes de sofrer com a Síndrome
de Guillain-Barré (Foto: Arquivo Pessoal)

Do G1
charlesnasci@yahoo.com.br

Uma professora de São Vicente, no litoral de São Paulo, ficou entre a vida e a morte, em janeiro do ano passado, em decorrência da síndrome de Guillain-Barré. Jaqueline Ferreira, de 28 anos, perdeu todos os movimentos do corpo, enfrentou dificuldades para se alimentar sozinha e, após ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Santos, chegou a perder quase 20 kg. Recentemente, o Ministério da Saúde começou a avaliar a possibilidade de a síndrome de Guillain-Barré estar associada ao vírus da zika devido ao aumento do número de casos observados nas regiões que também tiveram surto da zika, hipótese reforçada por um estudo publicado pela revista científica "The Lancet" nesta semana.

Mas, no caso de Jaqueline, ainda não há evidências de que ela tenha tido contato com o vírus. Há várias outras causas associadas à síndrome, como infecções por citomegalovírus, vírus da gripe, da dengue, da hepatite, além de bactérias como aCampylobacter jejuni. Jaqueline descobriu que estava com a síndrome no fim do ano passado. No dia 17 de dezembro, ela acordou com o braço direito dormente. Já no dia seguinte, o mesmo aconteceu com o braço esquerdo. Ela foi até o Hospital Municipal de São Vicente e acabou diagnosticada com uma inflamação na coluna. A professora tomou uma injeção e foi medicada. Um dia depois, com os sintomas piorando, ela foi até o PS da Santa Casa de Santos e os médicos pediram que Jaqueline procurasse um neurologista. Ela pagou um médico particular, que pediu para fazer uma ressonância e o exame não apontou nada.
Professora não consegue movimentar braços e pernas (Foto: Mariane Rossi/G1)
"O meu estado era crítico. Eu não mexia as mãos, não andava e falava com muita dificuldade. Eu tinha muita dor nas costas. Tinha dor da ponta do dedo até o último fio de cabelo. Se tocasse em mim doía. Tinha dias que eu gritava de dor. Chamava a ambulância e não vinha. Fiquei mais ou menos 25 dias em casa, como se estivesse tratando de um problema na coluna e tomando vários remédios", contou ao receber a reportagem do G1 em casa. Continue lendo clicando aqui.