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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

ELEIÇÕES 2018: Pesquisa Datafolha mostra que Lula mantém vantagem após condenação

Em cenário sem o petista, Jair Bolsonaro lidera seguido por Marina Silva
Foto: Edilson Silva-Divulgação
De O GLOBO
charlesnasci@yahoo.com.br

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (31.01) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), manteve vantagem sobre os demais pré-candidatos à Presidência da República. Segundo o levantamento, que foi realizado na segunda e na terça-feira, o petista tem até 37% das intenções de voto. No entanto, a briga por uma vaga no segundo turno fica acirrada caso Lula seja impedido de disputar a eleição — a condenação na segunda instância do Judiciário o enquadra na Lei da Ficha Limpa.

Lula lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%. Já o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não apresentou crescimento, mesmo nos cenários sem Lula. Bolsonaro oscila entre 15% e 20% e lidera todos as simulações sem a presença do petista. Por outro lado, o Datafolha mostra que a condenação de Lula no TRF-4 pode impulsionar a candidatura de Marina Silva (Rede), que sobe de 8% para 13%, e Ciro Gomes (PDT), que vai de 6% a 10%.

Nos quatro cenários sem Lula, Ciro e Marina se revezam no segundo lugar. A ex-ministra do Meio Ambiente chega a ter 16% em cenário sem Lula e Alckmin. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), varia entre 6%, nos cenários com Lula, a 11%, sem o petista. Os percentuais são semelhantes ao registrado na pesquisa anterior do Datafolha, divulgada em dezembro. O apresentador Luciano Huck tem 8% em um cenário sem Lula. No entanto, Huck disse que não pretende disputar o Palácio do Planalto.

Após ter anunciado a intenção de participar novamente da disputa pela Presidência, o senador Fernando Collor (PTC-AL) foi incluído no levantamento do Datafolha. Ele aparece entre 1% e 3% nos diferentes cenários. Nomes ligados ao atual governo, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e o próprio presidente Michel Temer não passaram de 2% das intenções de voto.