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De cada 10 habitantes de Pernambuco, só dois são vacinados contra a febre amarela. Na semana em que divulgou que um cronograma de ampliação da cobertura para a doença, o Ministério da Saúde revelou que mais de sete milhões de residentes do estado não estão protegidos. O dado mostra o desafio que haverá a partir de março de 2019, quando o estado passará a ser área de recomendação para vacina. Até lá, contudo, não mudam as regras de quem poderá se vacinar.
De cada 10 habitantes de Pernambuco, só dois são vacinados contra a febre amarela. Na semana em que divulgou que um cronograma de ampliação da cobertura para a doença, o Ministério da Saúde revelou que mais de sete milhões de residentes do estado não estão protegidos. O dado mostra o desafio que haverá a partir de março de 2019, quando o estado passará a ser área de recomendação para vacina. Até lá, contudo, não mudam as regras de quem poderá se vacinar.
A meta do ministério é transformar todo o território nacional em área de recomendação para a vacina, mudando assim a estratégia adotada até então. O Brasil passaria, dessa forma, de uma atuação de emergência para uma de prevenção. Para tanto, precisa imunizar 77,4 milhões de pessoas, das quais quase 10% estão em Pernambuco. Dos 13 estados presentes no cronograma, Pernambuco será o 11º onde a medida passará a vigorar. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) afirmou que irá atender a recomendação a partir do calendário estabelecido.
A expectativa, de acordo com a SES, é que, até lá, o estado receba as doses necessárias para atender essa nova demanda. Somente nos três primeiros meses deste ano, já foram enviadas para Pernambuco 80 mil doses, três mil a mais do que o recebido durante todo o ano de 2017. Enquanto não houver a mudança, a vacina continua sendo indicada apenas para aqueles que viajarão para as áreas com recomendação - até então 23 estados, dos quais nove com áreas parciais de recomendação.
Até o momento, Pernambuco tem quatro casos notificados de febre amarela, sendo três descartados e um confirmado. Todas as ocorrências foram importadas, ou seja, de indivíduos que estiveram em áreas de risco. A confirmação não caracteriza a entrada do vírus da febre amarela no estado.