Líder dos caminhoneiros diz que os intervencionistas abastecem os caminhoneiros com comida e água (Nelson Almeida/AFP) |
charlesnasci@yahoo.com.br
O governo federal diz que já chegou ao limite das negociações com os caminhoneiros e que atendeu às principais reivindicações da categoria. Uma delas é a promessa de queda de 0,46 centavos no preço do diesel por sessenta dias. Líderes dos caminhoneiros dizem que a questão agora não tem mais relação com a categoria. Eles culpam os ‘intervencionistas’ pela continuidade da greve da categoria, que entrou no nono dia de paralisação nesta terça-feira.
Segundo eles, esses movimentos se infiltraram entre os caminhoneiros para difundir ideias em favor do intervencionismo militar e derrubada do governo Michel Temer. "Existem aqueles que não encerraram a greve porque querem intervenção e derrubar o governo. E existem aqueles que se sentem comprometidos com a população e passaram a defender também a queda do preço da gasolina", afirma Ivar Schmidt, líder do (Comando Nacional dos Transportes (CNT).
Na avaliação de Schmidt, os caminhoneiros não podem se comprometer com a pauta de toda a população. "Quando um professor faz greve, ele para pelas causas dos professores. Não dá para uma única categoria querer resolver os problemas da população toda." Schmidt afirma que os intervencionistas conseguiram o apoio dos caminhoneiros, pois são eles que abasteceram os grevistas com água e comida. "É fácil manipular o caminhoneiro, eles estão desconfiados com as promessas do governo, pois nada do que foi prometido na greve de 2015 foi cumprido."
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou no fim da tarde desta segunda-feira 28 que motoristas autônomos que querem voltar a trabalhar estão sendo ameaçados de "forma violenta por forças ocultas" que impedem o fim da greve. "São pessoas que querem derrubar o governo", afirmou Fonseca, sem citar nomes ou grupos políticos aos quais essas pessoas estariam ligadas. "Estão usando o caminhoneiro como bode expiatório."
O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, afirmou no fim da tarde desta segunda-feira 28 que motoristas autônomos que querem voltar a trabalhar estão sendo ameaçados de "forma violenta por forças ocultas" que impedem o fim da greve. "São pessoas que querem derrubar o governo", afirmou Fonseca, sem citar nomes ou grupos políticos aos quais essas pessoas estariam ligadas. "Estão usando o caminhoneiro como bode expiatório."
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