"Se não tivermos resposta hoje, será o caos", diz líder de caminhoneiros

Foto: Fernando Frazão-Agência Brasil

Do DIARIO DE PERNAMBUCO

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O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, foi categórico: a manifestação só será interrompida após o governo federal zerar o PIS/Cofins sobre o valor do combustível e publicar a decisão no Diário Oficial da União (DOU). O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (24/5), na sede da instituição.

"Por enquanto, isso já está prometido, mas ainda não está carimbado", afirmou. "Tem que tirar o PIS/Cofins e a Cide. A Cide já foi. O presidente (Temer) pediu trégua de uma semana. Isso não damos, mas dois dias podemos dar para eles se arranjarem. Mas para acabar de vez, tem que ser aprovado, assinado e publicado", completou Lopes.

A Câmara dos Deputados já aprovou a redução no imposto, agora é a vez do Senado Federal. Porém, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, marcou uma viagem para o Ceará hoje, o que deve atrapalhar o andamento do projeto. "Se o presidente do Senado tiver ido para o Ceará, é porque ele quer ver o circo pegar fogo", afirmou Lopes. "O meu sentimento (com a notícia de Eunício) é de revolta. Nas entrevistas, apareceram os presidentes da Câmara e do Senado dizendo que iam resolver", reclamou. A última etapa é a sanção do presidente da República, Michel Temer.

Nesta tarde, Lopes tem outra reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a partir das 14h, quando espera uma resposta definitiva. "A nossa preocupação é que, se não tivermos uma resposta hoje à tarde, vai ser um caos neste país", afirmou.