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Do VALOR ECONÔMICO
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Em seu discurso de diplomação como futuro presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) adotou um tom conciliatório e disse que "governará em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião". "Aos que não me apoiaram, peço sua confiança para construirmos juntos um futuro melhor para nosso país. Com humildade e tendo fé em Deus para iluminar minhas decisões, me dedicarei dia e noite ao objetivo que nos une: a construção de um país mais justo e seguro. Isso é o nosso norte", afirmou.
Bolsonaro também mudou o discurso, repetido durante a campanha, de que o sistema eletrônico de votação não era confiável. "O povo escolheu seus representantes em eleições livres e justas. Somos uma das maiores democracias do mundo. Cerca de 120 milhões de brasileiros compareceram às urnas de forma pacífica e ordeira", disse. Também afirmou que, em um momento de "profundas incertezas" em vários países do mundo, o Brasil deve se orgulhar de ser um "exemplo de transformação pelo voto popular".
A partir do ano que vem, disse Bolsonaro, seu governo será pautado "pela defesa da família, pelos interesses do Brasil e pela soberania nacional". "O desejo de mudança foi expresso nas eleições. Os brasileiros precisam de um governo que garanta condições adequadas para exercer seu potencial com liberdade e criatividade". A mudança, segundo o presidente eleito, será por meio de uma "ruptura com práticas que historicamente retardaram o progresso do país", como "corrupção, violência, mentiras, manipulação ideológica, submissão a interesses alheios e mediocridade".
Ele disse que dará prioridade a uma pauta de reivindicações que inclui, principalmente, a segurança pública e a igualdade de oportunidades, "com respeito ao mérito e ao esforço individual". A cerimônia de diplomação foi aberta pela ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e valeu também para o futuro vice-presidente, Hamilton Mourão. Os dois tomam posse em 1º de janeiro.