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Do JORNAL DO COMMERCIO
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Cientistas políticos entrevistados pelo JC concordam que a operação Desintegração prejudica a articulação do governo Bolsonaro para a aprovação das suas pautas no Senado Federal, a exemplo da Reforma da Previdência e a indicação do senador Flávio Bolsonaro (PSL) para a embaixada dos EUA, caso Fernando Bezerra Coelho (MDB) deixe a liderança do governo na Casa Alta. "Ele é um excelente articulador, consegue convencer muitos deputados e tem realmente condições muito boas de gerenciamento dentro da própria instituição, o que vai ser uma baixa importante no governo Bolsonaro", afirmou o cientista político e membro do Observatório do Poder, Antônio Henrique Lucena.
O cientista político e coordenador de Relações Internacionais da Faculdade Damas, Elton Gomes, acredita que o prejuízo político pode ser maior por ocorrer às vésperas da votação da Reforma e da PEC paralela que pode incluir os Estados e municípios no texto final. "O senador tem muita experiência política, conhece o sistema de barganha e trocas que caracteriza o presidencialismo de coalização brasileiro", conta. Um dos grandes problemas do atual governo Bolsonaro é a dificuldade de se articular politicamente.
Outra questão seria a dificuldade de encontrar um nome forte para uma eventual substituição que possa dar prosseguimento às negociações do governo na Casa Alta. "O governo terá que pisar em ovos, vai ter que ter muita cautela para não causar um estrago na frágil base que tem no Senado. O cenário mais provável é continuar adotando uma postura de que há presunção de inocência e manter ele", afirmou o cientista político e professor da PUC-Rio, Ricardo Ismael.
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