Subscribe:
.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

POLÍTICA: Ana Arraes expõe fratura entre herdeiros de Eduardo e Miguel Arraes

Foto: Divulgação/Reprodução
Do BLOG EDMAR LYRA
charlesnasci@yahoo.com.br

A ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, fez declarações bastante contundentes que trouxeram muita confusão na política estadual e nacional. A declaração com efeito bombástico foi admitir a hipótese de seu filho Eduardo Campos ter sido sabotado naquele fatídico 13 de agosto de 2014 que culminou na morte de seis pessoas que estavam no voo do Rio de Janeiro a Santos.

Até agora, apesar de muita gente reconhecer a possibilidade de sabotagem, somente Ana Arraes e Antônio Campos admitiram falar publicamente sobre esta hipótese. O fato é que as conclusões dadas pelo Cenipa, órgão que investiga as causas de acidentes aéreos, sinalizando falha humana não possuem muita fundamentação técnica. Porém, se Antônio Campos e Ana Arraes consideram a hipótese, seria importante eles declararem de quem suspeitam a origem do atentado contra o ex-governador Eduardo Campos.

     

Além da declaração sobre a morte de Eduardo, pelo menos dois pontos foram polêmicos durante as falas de Ana Arraes. O primeiro em relação a possibilidade de voltar a disputar mandato eletivo, no caso o governo de Pernambuco. É importante salientar que Ana Arraes teve seu nome ventilado para disputar o Senado na chapa da oposição ao PSB em 2018, fato que não se concretizou. Mas a declaração da ministra de que pode voltar a disputar mandatos eletivos para continuar o que seu pai e seu filho fizeram é sem sombra de dúvidas um grande fato político que pode embolar o quadro da sucessão do governador Paulo Câmara em 2022.

Por fim, as duras críticas direcionadas ao neto João Campos foram igualmente explosivas. Enquanto as palavras contra João vinham de Antônio a relevância era menor, mas o efeito de uma avó atacando o neto é devastador e expõe uma situação familiar que pode comprometer a competitividade de João na disputa pela prefeitura do Recife em outubro. A fratura exposta por Ana Arraes não é interessante para o PSB, que precisará mais do que nunca recorrer aos bombeiros para que o projeto de poder do partido em Pernambuco não seja ameaçado por querelas familiares.