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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Auxílio emergencial faz toda a diferença e deveria ser mantido, diz setor têxtil

Foto: Divulgação/Reprodução
Da FOLHA DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

O presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Fernando Pimentel, defendeu nesta quarta (12) a manutenção de algum tipo de auxílio financeiro pelo governo, mesmo que em valores menores do que os R$ 600 atuais, para que o ritmo de recuperação da economia após a pandemia não seja quebrado. "O auxílio emergencial está fazendo toda a diferença", afirmou o executivo, em entrevista para falar do desempenho do setor durante a crise.

A indústria têxtil foi uma das mais afetadas e, mesmo com recuperação da demanda entre maio e junho, as vendas de produtos de vestuário ainda está 45,8% abaixo do volume registrado em fevereiro, último mês antes da pandemia. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas no comércio cresceram 8% em junho, após avanço recorde de 13,9% em maio. O setor recuperou o volume perdido durante o pico da pandemia, mas a recuperação é desigual, com forte influência do setor de supermercados.

"Está havendo uma recuperação. No entanto, não podemos dar como dada essa recuperação porque ela está se dando muito mais em segmentos influenciados pelo auxílio emergencial", comentou Pimentel. "Há uma grande interrogação de como vai ser a saída dessa ajuda de R$ 600 por mês, que está injetando na economia mais de R$ 50 bilhões por mês."

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