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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Pandemia provoca abandono e retrocesso na educação, dizem estudos


Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

A educação brasileira sofreu com os impactos da pandemia da Covid-19 no país, fenômeno iniciado em março de 2020. De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, cerca de 4 milhões de pessoas abandonaram os estudos em algum grau de ensino nos últimos meses. O número se refere a 8,4% de estudantes de 6 a 34 anos que estavam matriculados antes do período pandêmico.

Os principais motivos do abandono são questões financeiras e falta de acesso a aulas remotas em ambientes virtuais, problemas apontados, na maioria das vezes, pelos mais pobres.

Universitários foram o grupo que apresentou maior desistência: 16,3% dos entrevistados abandonaram o ensino superior. Já na educação básica, 10,8% dos alunos do ensino médio não continuaram a formação; e 4,6% dos estudantes do fundamental pararam com a rotina escolar. A pesquisa do Datafolha foi feita a partir de entrevistas por telefone com 1.670 pessoas, entre alunos e responsáveis, entre 30 de novembro e 9 de dezembro de 2020.

Precariedade nas aulas é principal motivo para abandono da educação básica

Enquanto 42% dos universitários que abandonaram o ensino superior afirmam que o fizeram por falta de rendimentos para pagar as mensalidades do curso; o principal motivo de estudantes e responsáveis para desistirem dos estudos na educação básica é a precariedade na manutenção das aulas.

Esta justificativa foi dada por 28,7% dos desistentes do ensino fundamental e por 27,4% dos que largara o ensino médio. O grupo afirma que ter ficado sem aulas, por falta de acesso ou por falta de organização das instituições, motivou a saída das escolas. Em meio às dificuldades, a desigualdade se tornou outro empecilho: a maioria dos abandonos no ensino básico foi feita pelas classes D e E (10,6%), enquanto na classe A apenas 6,9% dos alunos desistiram.

Educação pode retroceder até quatro anos devido à pandemia, diz estudo da FGV

Estudantes brasileiros podem ter sofrido, na pandemia, perda de aprendizado referente a três anos de estudos, segundo simulação de estudo feito pelo Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e a África Lusófona (FGV EESP Clear), vinculado à Fundação Getulio Vargas (FGV).

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