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domingo, 6 de novembro de 2022

Equipe de Lula quer R$ 200 bi a mais para cumprir promessas de campanha


Do R7
charlesnasci@yahoo.com.br

A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acertou com o relator do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), a apresentação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para tirar da regra do teto de gastos os recursos considerados prioritários para o novo governo no próximo ano. Não há, ainda, valores definidos da proposta, mas fontes com conhecimento da negociação relataram uma estimativa de R$ 200 bilhões
. A quantia deverá ser fechada em breve, uma vez que foi iniciado esta semana o processo de transição, em que a equipe do presidente eleito recebe informações e dados da atual gestão.

A manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o aumento do salário mínimo acima da inflação são duas das propostas prioritárias do petista e foram defendidas por Lula durante sua campanha. Pela lei orçamentária vigente, a partir de janeiro, o benefício será de R$ 405 e o mínimo, de R$ 1.300. Não há, ainda, informação sobre onde a PEC seria protocolada — se na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal.

O período de transição é regulamentado por uma lei e um decreto e tem o objetivo de propiciar condições para que o presidente eleito, no caso, Lula, possa receber de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), todos os dados e informações necessárias à implementação do programa do novo governo. Nesse aspecto, membros da equipe de Lula se reuniram com o senador Marcelo Castro. Após o encontro, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) agradeceu a "boa vontade" e destacou que o orçamento enviado ao Congresso por Bolsonaro não está "adequado" para honrar o pagamento do benefício de R$ 600.

Alckmin informou que vai se reunir com Lula nesta segunda-feira (7) para definir quais serão as prioridades. No dia seguinte, terça-feira (8), o vice-presidente eleito volta a se encontrar com o relator para trabalhar no texto da PEC. "A preocupação é manter o Bolsa Família e garantir o Orçamento para não ter interrupção de obras e serviços", disse.