Da FOLHA DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br
Em passagem por Pernambuco, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a participação de lideranças da iniciativa privada na política. O gestor admitiu que tinha uma visão negativa da atividade político-partidária e queria distância de lideranças políticas. Contudo, ele confessa que acabou reconhecendo a importância da ocupação de espaços na vida pública e defende que a população se engaje nas eleições do País.
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Em passagem por Pernambuco, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a participação de lideranças da iniciativa privada na política. O gestor admitiu que tinha uma visão negativa da atividade político-partidária e queria distância de lideranças políticas. Contudo, ele confessa que acabou reconhecendo a importância da ocupação de espaços na vida pública e defende que a população se engaje nas eleições do País.
"Temos que participar da política. Sempre achei a política uma atividade semicriminosa. Eu queria distância", admitiu, durante palestra no Salão de Eventos da Casa da Indústria, no Recife, nessa quinta-feira (16). "Agora, hoje, vocês percebem que estou pagando com juros e correção monetária por tudo aquilo que falei", brincou. "O Brasil precisa de gente boa na política", defendeu.
Ele relatou que pegou o Governo de Minas Gerais "literalmente falido". Segundo ele, a folha de pagamento dos servidores estava atrasada e o pagamento do décimo terceiro em aberto. Além disso, o Estado devia as prefeituras repasses de verbas que somavam R$ 14 bilhões. "Isso começou a criar um círculo vicioso no Estado com prefeituras que também não pagavam seus funcionários e acabavam quebrando", disse.
Ele relatou que pegou o Governo de Minas Gerais "literalmente falido". Segundo ele, a folha de pagamento dos servidores estava atrasada e o pagamento do décimo terceiro em aberto. Além disso, o Estado devia as prefeituras repasses de verbas que somavam R$ 14 bilhões. "Isso começou a criar um círculo vicioso no Estado com prefeituras que também não pagavam seus funcionários e acabavam quebrando", disse.
O gestor afirmou que, para enfrentar as dificuldades da gestão, adotou a austeridade e cortou privilégios do setor público. Ele cita, por exemplo, o uso de aeronaves do Estado pelo seu antecessor, o ex-governador Fernando Pimentel (PT), que chegou a ser investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Eleito em 2018, Romeu Zema chegou ao comando do Governo com um discurso antissistema e associado ao modelo outsider. Esse discurso parece ser mantido mesmo com o governador indo para seu segundo mandato no comando do Executivo de Minas. "O Brasil precisa de gente boa na política para enfrentar esse sistema que se perpetua", afirmou o gestor, convidando os presentes no evento com empresários para entrar na vida pública.
"Fica aí o convite. Vamos ter eleições municipais no próximo ano e precisamos que o setor produtivo do País participe mais", defendeu.