Da VEJA
charlesnasci@yahoo.com.br
No depoimento de pouco mais de duas horas que prestou ontem à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que compartilhou por engano, no dia 10 de janeiro, um vídeo que contestava o resultado das eleições presidenciais do ano passado, vencidas por Lula. Bolsonaro afirmou que queria salvar a postagem pra ver depois e acabou publicando na própria página no Facebook. A publicação foi deletada "duas ou três horas" depois e ocorreu dois dias após os atentados de 8 de janeiro, em Brasília, enquanto ele ainda estava nos Estados Unidos.
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No depoimento de pouco mais de duas horas que prestou ontem à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse que compartilhou por engano, no dia 10 de janeiro, um vídeo que contestava o resultado das eleições presidenciais do ano passado, vencidas por Lula. Bolsonaro afirmou que queria salvar a postagem pra ver depois e acabou publicando na própria página no Facebook. A publicação foi deletada "duas ou três horas" depois e ocorreu dois dias após os atentados de 8 de janeiro, em Brasília, enquanto ele ainda estava nos Estados Unidos.
Após o depoimento, um de seus advogados afirmou ainda que o ex-presidente havia sido medicado com morfina antes de publicar o vídeo, por conta de uma obstrução intestinal que o levou ao hospital. Este, aliás, foi o único tema abordado pelo ex-presidente na oitiva. Segundo fontes da Polícia Federal ouvidas pelo Radar, ele ficou em silêncio sobre outras questões. O post continha a mensagem de que "Lula não foi eleito pelo povo, ele foi escolhido e eleito pelo STF e pelo TSE" e o trecho de uma entrevista de Felipe Gimenez, procurador do Mato Grosso do Sul que apoiou publicamente Bolsonaro nas eleições de 2022. Ele declarou que não houve transparência na apuração das urnas eletrônicas.
"Esta postagem foi feita de forma equivocada, tanto que, pouco tempo depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou essa postagem", complementou. Assessor de imprensa de Bolsonaro, o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten disse que o ex-presidente não percebeu que havia feito a postagem — com apenas dois cliques — e foi alertado por terceiros. E que ele estava "altamente debilitado e altamente medicado". O advogado, por sua vez, destacou que o post foi feito na rede social de Bolsonaro "de menor importância", apenas no Facebook, "que ele pouco utiliza hoje em dia".
"Realmente aquilo ali foi um equívoco na hora de salvar o arquivo para posteriormente poder visualizá-lo e assisti-lo integralmente", reforçou Bueno.
"Esta postagem foi feita de forma equivocada, tanto que, pouco tempo depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou essa postagem", complementou. Assessor de imprensa de Bolsonaro, o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten disse que o ex-presidente não percebeu que havia feito a postagem — com apenas dois cliques — e foi alertado por terceiros. E que ele estava "altamente debilitado e altamente medicado". O advogado, por sua vez, destacou que o post foi feito na rede social de Bolsonaro "de menor importância", apenas no Facebook, "que ele pouco utiliza hoje em dia".
"Realmente aquilo ali foi um equívoco na hora de salvar o arquivo para posteriormente poder visualizá-lo e assisti-lo integralmente", reforçou Bueno.