Do ESTADÃO
charlesnasci@yahoo.com.br
Puxado pelo agronegócio, o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todo o valor gerado na economia) do Brasil acelerou e cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2022, quando caiu 0,1%. O número foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 1º. O desempenho da economia brasileira nos primeiros três meses do ano ficou dentro do esperado pelas projeções colhidas pelo Broadcast, cujo intervalo variava de 0,4% a 2,4%, e acima da mediana (1,2%).
Na comparação com os primeiros três meses de 2022, o PIB avançou 4%. No primeiro trimestre, o agronegócio cresceu 21,6%, o melhor resultado desde o quarto trimestre de 1996. O resultado foi impulsionado pela combinação de safra recorde – que deve alcançar mais de 300 milhões de toneladas neste ano – e pelos preços elevados das commodities. "As expectativas (positivas) com a agropecuária se confirmaram, principalmente na parte de produção de grãos. Houve uma seca no Sul, mas ela foi mais localizada", diz Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). "Em geral, o agro é muito forte no primeiro trimestre e, depois, vai perdendo força."
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Puxado pelo agronegócio, o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todo o valor gerado na economia) do Brasil acelerou e cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2022, quando caiu 0,1%. O número foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 1º. O desempenho da economia brasileira nos primeiros três meses do ano ficou dentro do esperado pelas projeções colhidas pelo Broadcast, cujo intervalo variava de 0,4% a 2,4%, e acima da mediana (1,2%).
Na comparação com os primeiros três meses de 2022, o PIB avançou 4%. No primeiro trimestre, o agronegócio cresceu 21,6%, o melhor resultado desde o quarto trimestre de 1996. O resultado foi impulsionado pela combinação de safra recorde – que deve alcançar mais de 300 milhões de toneladas neste ano – e pelos preços elevados das commodities. "As expectativas (positivas) com a agropecuária se confirmaram, principalmente na parte de produção de grãos. Houve uma seca no Sul, mas ela foi mais localizada", diz Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). "Em geral, o agro é muito forte no primeiro trimestre e, depois, vai perdendo força."
Os números divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira também revelam um avanço do setor de serviços (alta de 0,6%), o mais afetado no auge da pandemia, que ainda mostra resiliência e se beneficia da reabertura da economia e dos resultados do mercado de trabalho. A indústria, por sua vez, recuou 0,1%. "Há uma resiliência do setor de serviços, mesmo com uma alta taxa de juros desde o ano passado. Esperávamos uma desaceleração para este setor", afirma Claudia Moreno, economista do C6 Bank. "É difícil saber por que está assim. Algumas suposições indicam que ainda há uma demanda reprimida da pandemia, com mais pessoas fazendo viagens, por exemplo."
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