Do G1
charlesnasci@yahoo.com.br
Não nasceu ninguém em 35 municípios pernambucanos e no Arquipélago de Fernando de Noronha em um ano inteiro (veja lista abaixo). Longe de demonstrar que a taxa de natalidade dessas cidades está caindo, o dado reflete a realidade de diversas cidades do estado onde não há estrutura para atendimento obstétrico e ginecológico. O levantamento, feito pelo Tesouro Nacional a pedido do G1, analisou 50% de todos os atendimentos do Sistema Único em Saúde (SUS) no estado em 2021, ano dos dados consolidados mais recentes.
charlesnasci@yahoo.com.br
Não nasceu ninguém em 35 municípios pernambucanos e no Arquipélago de Fernando de Noronha em um ano inteiro (veja lista abaixo). Longe de demonstrar que a taxa de natalidade dessas cidades está caindo, o dado reflete a realidade de diversas cidades do estado onde não há estrutura para atendimento obstétrico e ginecológico. O levantamento, feito pelo Tesouro Nacional a pedido do G1, analisou 50% de todos os atendimentos do Sistema Único em Saúde (SUS) no estado em 2021, ano dos dados consolidados mais recentes.
O Tesouro faz esse tipo de análise para acompanhar onde e de que forma os recursos públicos são aplicados. A ausência de casas de parto e maternidades faz com que as gestantes residentes no estado precisem viajar até centenas de quilômetros para realizar alguns procedimentos do pré-natal e também para dar à luz. Mais da metade das pernambucanas deu à luz em uma cidade diferente da que vive, no período analisado.
Moradora da área rural de Ingazeira, a agricultura Érica Paloma (foto acima), de 28 anos, foi uma dessas gestantes que precisaram buscar atendimento noutro município, tanto para realizar acompanhamento especializado durante o pré-natal, quanto na hora do parto da pequena Elisa — que nasceu no início de novembro. Com risco de trombose, Érica precisou viajar para a capital, inicialmente, uma vez por mês, e depois, a cada 15 dias, desde o quarto mês de gestação, para realizar acompanhamento com hematologista no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip).
A rotina de viagens com 6h30 de duração foi desafiadora, segundo Érica. "Era sempre à noite, para chegar no Recife de manhã, para as consultas; e o retorno era no mesmo dia. Foi muito cansativo. Principalmente no final do pré-natal, foi bem incômodo para mim. Quando foi chegando perto do parto, a médica liberou para que eu tivesse minha filha aqui, em Afogados da Ingazeira (a 20 minutos de distância). Foi melhor, porque o meu marido pode acompanhar", contou Érica Paloma, que teve Elisa com 39 semanas de gestação.
Em Pernambuco, em 2021, não nasceu ninguém nos seguintes municípios:
Abreu e Lima
Araçoiaba
Bezerros
Brejinho
Buenos Aires
Calumbi
Carnaíba
Chã de Alegria
Ferreiros
Igarassu
Itamaracá
Ingazeira
Itapissuma
Joaquim Nabuco
Maraial
Moreilândia
Moreno
Palmeirina
Paulista
Poção
Primavera
Quixaba
Rio Formoso
Salgadinho
Santa Maria do Cambucá
Santa Terezinha
São José da Coroa Grande
Tacaimbó
Terra Nova
Timbaúba
Tracunhaém
Verdejante
Vertente do Lério
Vicência
Xexéu
Os dados do Tesouro Nacional mostram 52.835 atendimentos relacionados a partos e obstetrícia a mulheres residentes em Pernambuco. Foram 32.205 partos de mulheres residentes no estado, das quais 16.179 (50,25%) precisaram ser deslocadas de município para parir.
Moradora da área rural de Ingazeira, a agricultura Érica Paloma (foto acima), de 28 anos, foi uma dessas gestantes que precisaram buscar atendimento noutro município, tanto para realizar acompanhamento especializado durante o pré-natal, quanto na hora do parto da pequena Elisa — que nasceu no início de novembro. Com risco de trombose, Érica precisou viajar para a capital, inicialmente, uma vez por mês, e depois, a cada 15 dias, desde o quarto mês de gestação, para realizar acompanhamento com hematologista no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip).
A rotina de viagens com 6h30 de duração foi desafiadora, segundo Érica. "Era sempre à noite, para chegar no Recife de manhã, para as consultas; e o retorno era no mesmo dia. Foi muito cansativo. Principalmente no final do pré-natal, foi bem incômodo para mim. Quando foi chegando perto do parto, a médica liberou para que eu tivesse minha filha aqui, em Afogados da Ingazeira (a 20 minutos de distância). Foi melhor, porque o meu marido pode acompanhar", contou Érica Paloma, que teve Elisa com 39 semanas de gestação.
Em Pernambuco, em 2021, não nasceu ninguém nos seguintes municípios:
Abreu e Lima
Araçoiaba
Bezerros
Brejinho
Buenos Aires
Calumbi
Carnaíba
Chã de Alegria
Ferreiros
Igarassu
Itamaracá
Ingazeira
Itapissuma
Joaquim Nabuco
Maraial
Moreilândia
Moreno
Palmeirina
Paulista
Poção
Primavera
Quixaba
Rio Formoso
Salgadinho
Santa Maria do Cambucá
Santa Terezinha
São José da Coroa Grande
Tacaimbó
Terra Nova
Timbaúba
Tracunhaém
Verdejante
Vertente do Lério
Vicência
Xexéu
Os dados do Tesouro Nacional mostram 52.835 atendimentos relacionados a partos e obstetrícia a mulheres residentes em Pernambuco. Foram 32.205 partos de mulheres residentes no estado, das quais 16.179 (50,25%) precisaram ser deslocadas de município para parir.
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