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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Governo Bolsonaro tirou mais de 16 milhões de pessoas da pobreza, mostra IBGE


Da GAZETA DO POVO e METRÓPOLES
charlesnasci@yahoo.com.br

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta última quarta-feira (6) que 10,2 milhões de pessoas saíram da pobreza no Brasil em 2022. O levantamento considera pessoas em situação de pobreza aquelas que vivem com até R$ 637 por mês. Com isso, o número de pessoas vivendo na pobreza caiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022. Os resultados refletem o impacto dos benefícios sociais pagos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para conter os efeitos da pandemia. O índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda, ficou em 0,518 no último ano da gestão passada, menor da série histórica – quanto maior o Gini, maior a desigualdade.

Após o pagamento do auxílio emergencial, o governo Bolsonaro criou o Auxílio Brasil, que foi reajustado para R$ 600. O governo Lula manteve o valor ao retomar o Bolsa Família. A "Síntese de Indicadores Sociais" divulgada pelo IBGE mostra também que houve queda no contingente de pessoas na extrema pobreza, ou seja, que viviam com menos de R$ 200 por mês.

DIMINUIÇÃO DA POBREZA É DESTAQUE NA REGIÃO NORTE

Na comparação entre 2021 e 2022, a proporção de pessoas em extrema pobreza caiu de 9% para 5,9%, o que representa 6,5 milhões de pessoas a menos em situação de extrema pobreza. No total, 16,7 milhões saíram desse status. Neste período, a extrema pobreza e a pobreza diminuíram em todas as regiões, em especial no Norte e no Nordeste. "Essas regiões concentram o maior volume de pessoas nessas situações e também são as regiões onde há um impacto maior dos programas sociais de transferência de renda", disse André Simões, analista da pesquisa, em nota divulgada pelo IBGE.

O levantamento revelou que o Centro-Oeste apresentou a maior queda na pobreza (-7,3 pontos percentuais), em razão, principalmente, ao dinamismo no mercado de trabalho da região em 2022. Os dados dos pesquisadores também revelam que os programas sociais foram essenciais nessa redução, principalmente da extrema pobreza, que seria 80% maior sem os benefícios do governo.