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domingo, 10 de dezembro de 2023

‘Se tudo der certo, logo Bolsonaro vai estar preso’, diz Janja à militância do PT

Primeira-dama afirmou que é preciso substituir o termo 'bolsonarismo' por 'fascismo', durante Conferência Eleitoral do PT em Brasília neste sábado, 9

Do ESTADÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou à militância do PT neste sábado, 9, que é preciso parar de usar o termo "bolsonarismo" e substituí-lo por "fascismo". Janja participou de uma mesa na Conferência Eleitoral e Programa de Governo PT, em Brasília, e afirmou que "se tudo der certo", o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) logo estará preso. O ex-presidente, que está na Argentina para a posse de Javier Milei, foi procurado por meio de sua assessoria, mas ainda não se manifestou. Seu assessor, porém, publicou nas redes que Janja "tem experiência em prisões".

"Eu estou convencida que a gente precisa deixar de usar o termo 'bolsonarismo'. Esse cara, o inominável, está inelegível e, se tudo der certo, logo ele vai estar ó (faz o símbolo de 'atrás das grades' com as mãos)", afirmou. "A gente precisa começar a chamar as pessoas de fascista, porque é isso que elas são. É o fascismo que mata, que nos anula, que quer nos anular. Então, a gente precisa deixar esse período para trás e mudar, virar essa chave, começar a usar o termo 'fascista'. Deixar esse cara lá no lugar que lhe é de direito para a história, que é nada, a lata do lixo."

Assessor e advogado de Bolsonaro, Faio Wajngarten, que está com ele na Argentina, não retornou os contatos da reportagem, mas comentou a fala de Janja nas redes sociais, ironizando a primeira-dama. "Com a palavra quem mais tem experiência em prisões no Brasil. Resta saber o que precisa dar certo…???", disse.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por duas vezes neste ano. Em junho, a Corte enquadrou o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas por 5 votos a 2. Em outubro, o TSE impôs outro revés a Bolsonaro e o condenou novamente à inelegibilidade por um novo placar de 5 votos a 2. O general Walter Braga Netto, vice na chapa, também foi declarado inelegível. Os ministros também estabeleceram uma multa no valor de R$ 425 mil.