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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Pernambuco encerra 2023 com 423 mil endividados e 164 mil inadimplentes


Do BLOG CENÁRIO
charlesnasci@yahoo.com.br

De acordo com o recorte especial, feito pela Fecomércio-PE, da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela que, no mês de dezembro de 2023, cerca de 423 mil pernambucanos possuíam dívidas com cartão de crédito, financiamentos, carnês, crédito pessoal, entre outros. Desses, 164 mil estavam inadimplentes. Ao longo de 2023, em média, 430 mil pessoas estavam endividadas, o que representa um aumento de 2,2% em relação a 2022. Além disso, o número médio de inadimplentes, em Pernambuco, foi de 169 mil, no ano passado, um aumento de 8,5% em comparação com 2022.

Ainda segundo a Fecomércio-PE, os tipos de dívidas mais frequentes entre as famílias pernambucanas, cuja renda é de até 10 salários mínimos, são o cartão de crédito (92,8%), seguido por carnês (28%) e crédito pessoal (6,8%). Para as famílias com renda superior a esse estrato, os tipos de dívidas mais prevalentes são 97,3% em cartão de crédito, seguido por financiamento de automóveis (22%), carnês (21,4%) e financiamento imobiliário (11%).

O tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas, em Pernambuco, é de 8 meses, enquanto o tempo médio de contas em atraso é de 60 dias no estado, ante 64 dias quando observamos todo o Brasil. Quando os devedores prolongam sua inadimplência, impactam sua capacidade de consumo. Além disso, empresas enfrentam desafios no fluxo de caixa, desencadeando uma potencial desaceleração econômica. Esse cenário evidencia a conexão entre as dificuldades enfrentadas por consumidores e empresas, sinalizando os efeitos cascata que podem surgir quando a inadimplência se prolonga, amplificando as consequências econômicas adversas.

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