Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br
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Entre as irregularidades apontadas, o órgão destacou o aumento atípico de contratações temporárias pela Prefeitura de Vertente do Lério em ano eleitoral — de 131 contratações em 2023 para 385 em 2024, o que representou um gasto quase três vezes maior (de R$ 226 mil para R$ 782 mil). O Ministério Público considerou que o volume de admissões temporárias teve viés eleitoreiro e configurou burla ao princípio do concurso público, com contratações para funções permanentes, como pedreiros e auxiliares de serviços gerais.
O parecer ministerial também menciona o uso de prédios e bens públicos para promoção política, além de lives e eventos com caráter eleitoral transmitidos nas redes sociais pessoais de agentes ligados à gestão municipal, incluindo a então secretária de Governo e primeira-dama, Welita Sales. O MPE apontou ainda o uso da cor vermelha — associada à campanha dos investigados e ausente nas cores oficiais do município — na pintura de prédios e veículos públicos, o que configuraria promoção pessoal indevida e violação ao princípio da impessoalidade.
A manifestação, assinada pelo promotor eleitoral Garibaldi Cavalcanti Gomes da Silva, pede a cassação dos diplomas de Fábio França e Luís Paulo Ramos, além da inelegibilidade por oito anos de Renato Lima de Sales (prefeito à época), Fábio França e Welita Sales. Para Tássio Saraiva e Luís Paulo Ramos, o MPE opinou pela improcedência quanto à inelegibilidade, mas manteve o pedido de cassação dos diplomas por suposto benefício eleitoral.
O parecer ressalta que, conforme a Lei da Ficha Limpa, a gravidade dos atos praticados é suficiente para configurar abuso de poder, independentemente do resultado das urnas. O processo tramita na 34ª Zona Eleitoral, sediada em Surubim, com jurisdição sobre o município de Vertente do Lério, e segue sob análise do juiz eleitoral responsável.






