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quarta-feira, 11 de julho de 2018

Surubim: La Casa De Papel!

Foto: Lulu/Surubim News
Do SURUBIM NEWS (Luiz Carlos Mota)
charlesnasci@yahoo.com.br

Durante a madrugada desta terça-feira, a realidade parafraseou a ficção em Surubim, quando uma megaoperação criminosa resultou no arrombamento de quatro agências bancárias. Lançada pela Netflix em 2017, a série La Casa de Papel faz muito sucesso no Brasil e conta a história de um grupo de bandidos que elabora o “plano perfeito” para usurpar bilhões da Casa da Moeda.

Sob devidas proporções, algo nos mesmos moldes foi realizado em âmbito surubinense neste dia 10 de julho, após uma quadrilha fortemente armada e sincronicamente articulada, implantar o terror, roubar montantes de dinheiro e fugir sem deixar rastros, diante de forças policiais surpreendidas e desguarnecidas. Mas apesar de se tratar do maior assalto a bancos da história da Capital da Vaquejada, o que torna o delito algo extremamente acachapante e atípico, o crime supracitado passa longe de ser algo incomum na região, tampouco no restante do país.

Numa rápida pesquisada pela internet é possível encontrar dados alarmantes, denotando um número enorme de assaltos a banco em Pernambuco a cada ano, algo também banal em outros estados brasileiros. Reflexo da crise na segurança pública devido à ineficiência das nossas instituições. Em suma, a sociedade virou refém de males recorrentes, atingindo tanto os civis quanto autoridades desprovidas de suporte necessário para agir.

Ademais, fica subentendido que a execução de crimes mirabolantes requer alto grau de conhecimento em várias ciências, permeando pela perícia na funcionalidade dos meios. Ou seja, há no mote do bandidismo ambicioso profissionais gabaritados, usando suas habilidades a serviço do mal. Seja no espectro protagonizado por personagens como “El Profesor”, interpretado por Álvaro Morte, ou no nosso caótico dia a dia – à vista do prejuízo envolvendo Bradesco, Santander, Caixa Econômica e Banco do Brasil em Surubim –, somos telespectadores (e muitas vezes vítimas) do caos. Infindável, infelizmente!