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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

"Deus existe. Deus existe no cérebro", diz neuropsicólogo e pesquisador


De O GLOBO - Constança Tatsch
charlesnasci@yahoo.com.br

Em julho passado, o neuropsicólogo e professor da faculdade de medicina da Northwestern University, nos Estados Unidos, Jordan Grafman publicou um artigo na revista Nature com o título: "Os neurocientistas não devem ter medo de estudar religião". Grafman sabe e não teme dizer: ele cutuca um vespeiro. Segundo ele, "neurocientistas tendem a evitar estudos sobre religião ou espiritualidade por medo de serem vistos como não-científicos" e defendeu mais pesquisas sobre o tema.

O objetivo não é desmascarar ou promover Deus ou a espiritualidade, mas investigar como isso se dá no cérebro e seus efeitos. O professor está fazendo sua parte. Acabou de firmar uma parceria com a Ciência Pioneira, instituição do IDOR de apoio à ciência de fronteira/pesquisas inovadoras, para criarem juntos um centro virtual de pesquisas em "neurociência das crenças", com pesquisadores brasileiros e estrangeiros. O centro será uma parceria com o King’s College London e o Shirley Ryan AbilityLab.

Grafman, especificamente, vai coordenar pesquisadores pós-docs sobre temas como cognição religiosa, bases cerebrais das crenças religiosas, papel da neurociência na exploração das crenças religiosas – em contraste com crenças não-religiosas – entre outros temas. Em entrevista ao GLOBO, explicou sua busca científica e declarou: "Deus existe. Tenho confiança de que Deus existe no cérebro".

Leia os melhores trechos da entrevista