"Tenho senso de urgência. Cada dia a mais é um dia a menos de mandato", afirma Raquel Lyra

Governadora de Pernambuco alega ser um desserviço para o Estado discutir 2026 agora

Da FOLHA DE PERNAMBUCO - Betânia Santana

charlesnasci@yahoo.com.br

Todas as vezes em que é questionada sobre 2026, possibilidade de reeleição e composição de chapas, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), não hesita em dizer ter sido eleita para ser a melhor gestora que o Estado já teve. Foi mais enfática, no início dessa semana, em sua primeira entrevista presencial à Rádio Folha, desde quando, em janeiro de 2023, passou a ocupar a cadeira no Palácio das Princesas.

Mandou recados e demarcou seu território. "Discutir 2026 agora é um desserviço para Pernambuco. Quem o faz é porque não está com a oportunidade de poder realizar ações como eu. Eu sou governadora". Não nega discutir sobre política e alinhamentos partidários com líderes locais e nacionais. "Mas isso é muito menor que o trabalho e a energia (empregada) para cuidar do Estado. Tenho senso de urgência. Cada dia a mais é um dia a menos de mandato", calcula.

Também não desmente o empenho em apropriar-se de pautas na Região Metropolitana, e com mais profundidade no Recife, para melhorar seu desempenho eleitoral. As urnas lhe foram muito mais favoráveis no interior do que na capital, onde maior parte dos votos deveu-se à atuação da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania). "É o tempo natural de maturação de um Governo", analisa, listando, entre tantos desafios, a importância de dar um destino à Fábrica Tacaruna, recuperar a Matriz de Santo Antônio e o prédio do Liceu de Artes e Ofício.

"A população já consegue enxergar o resultado do nosso trabalho. Conseguimos reposicionar o Estado, colocá-lo em pé de novo. E isso a gente tem de fazer todo dia".