De O PODER
charlesnasci@yahoo.com.br
O então vice-presidente Hamilton Mourão disse a frase durante CPI no Congresso. Muito lá atrás, Delfim Neto já havia dito o mesmo chiste: "Estatísticas são como o biquíni. Revelam muita coisa mas escondem o essencial". Outro jargão, sempre repetido, porque verdadeiro, é "pesquisa é o retrato do momento". A realidade é dinâmica. Como as nuvens, a política muda o tempo inteiro. A pergunta : é possível tirar conclusões definitivas do que, por natureza, é transitório?
charlesnasci@yahoo.com.br
O então vice-presidente Hamilton Mourão disse a frase durante CPI no Congresso. Muito lá atrás, Delfim Neto já havia dito o mesmo chiste: "Estatísticas são como o biquíni. Revelam muita coisa mas escondem o essencial". Outro jargão, sempre repetido, porque verdadeiro, é "pesquisa é o retrato do momento". A realidade é dinâmica. Como as nuvens, a política muda o tempo inteiro. A pergunta : é possível tirar conclusões definitivas do que, por natureza, é transitório?
A RESPOSTA
Os números, em Pernambuco vêm, nos últimos oito meses, mantendo uma relativa constância, garantindo, exatamente um ano antes da largada da campanha de 2026, uma vantagem confortável do prefeito do Recife, João Campos sobre a governadora Raquel Lyra. Em nenhuma pesquisa, até agora, João teve menos de 54% de intenções de voto, número maior se considerados os votos válidos. 35% de vantagem média no primeiro turno, considerando diversos institutos.
OS NÚMEROS DE HOJE
João (PSB), 54%. Raquel ( PSD), 24%. Gilson Machado, por enquanto no PL, 6%. Eduardo Moura (Novo), 4%. Indecisos, 4%. Não sabe/não vai votar, 7%.
OUTROS ÂNGULOS
Como a pesquisa tem margem de erro de 3%, os resultados entre os dois principais competidores está muito longe de deixar dúvidas. As curiosidades começam quando se compara a aprovação da governadora com a sua intenção de votos. Aí, acontece um descolamento gigantesco. 51% aprovam o governo. Aprovação normalmente, considerada média, não ruim. Fica baixa, quando comparada com a que obtém a maioria absoluta dos governadores atuais. Mas para uma largada de disputa normal, seria suficiente.
O PROBLEMA COMEÇA
Quando o instituto pergunta se a governadora merece ser reeleita. Não, respondem 54% dos eleitores. Quase o mesmo percentual de intenções de voto de João (55%). Respondem sim, 43% dos entrevistados. 19 pontos acima da intenção de votos da governadora. Uma análise meramente matemática, diria que Raquel teria hoje esse espaço de crescimento.
SE...
Do outro lado não tivesse um adversário que encanta a maioria do eleitorado, em todas as regiões do Estado. Além de outros candidatos com alguma representatividade no centro e na direita. Eduardo Moura, é uma incógnita na sua capacidade de crescer. Gilson Machado, mais ainda. Saiu-se muito bem para o Senado, em 2022. Nem tão bem para o Executivo, quando disputou a prefeitura ano passado. Garantiu um distante segundo lugar, que mal alcançou os dois dígitos. Será candidato?
APOIOS
O que pode mudar o quadro geral são as circunstâncias políticas que vão embalar o momento eleitoral. E a realidade econômica que o país estará vivendo daqui a um ano. Alinhamentos nacionais serão essenciais. Com quem estará cada um para presidente? Impossível sequer especular agora. Senadores, apoios partidários, apoios locais, tudo isso pode influenciar o quadro. Além da dinâmica da própria eleição.
A GOVERNADORA
Tem feito pré-campanha em tempo integral, principalmente pelo interior. Continua com um programa de ouvir para mudar, e com muitas promessas. Vai dar tempo de alterar sua posição? Pelo sim, pelo não, o que os próximos números vao mostrar ou esconder, vão tornado a disputa cada vez mais interessante.