Da GAZETA DO POVO
charlesnasci@yahoo.com.br
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Quanto mais pobres, melhor. A frase, que à primeira vista parece uma paródia, foi na verdade a lógica escancarada pelo presidente Lula ao lançar o programa Gás para o Povo, em Belo Horizonte. O mandatário petista disse, sem rodeios, que "para um país dar certo, é preciso garantir que muitos tenham pouco dinheiro". Uma fórmula de prosperidade baseada na escassez — ou a consagração daquilo que pode ser chamado também de cultura do pobrismo.
O PT nunca escondeu seu pendor pelo populismo assistencialista, e é fiel guardião desta tradição maldita da política brasileira. Dentaduras, muletas, cadeiras de rodas, dinheiro em espécie e, agora, o botijão de gás de graça. Todos temperados com a mesma receita: distribuir benesses estatais em troca de votos cativos. O novo programa, que promete botijão gratuito para 17 milhões de famílias, vem com a marca do governo estampada no recipiente. Marketing eleitoral antecipado. O que, segundo a lei, é crime.
Veja no vídeo:
Exploração do pobrismo: do gás aos descontos indevidos no INSS
Empolgada com a distribuição de benesses numa favela de Belo Horizonte, a primeira-dama Janja cantarolou a "musiquinha do gás", no pior estilo de "quem quer dinheiro" do antigo programa de auditório de Silvio Santos. Uma cena que levou o colunista Francisco Escorsim a cravar: "é o programa Botijanja!". A dentadura eleitoral de outros tempos acaba de ganhar sua versão século XXI.
Por trás do folclore, porém, está a lógica política do PT: manter a população nivelada por baixo, dependente do Estado e agradecida ao "pai dos pobres". Como definiu o economista Daniel Vargas no programa Última Análise no canal do YouTube da Gazeta do Povo, o governo se coloca como regulador da miséria nacional. Na visão lulopetista, a pobreza não é um problema a ser superado, mas um capital político a ser explorado.
Botijanja é mais do que um apelido. É um símbolo de como o PT entende o Brasil e tenta perpetuar seu projeto de poder.
Empolgada com a distribuição de benesses numa favela de Belo Horizonte, a primeira-dama Janja cantarolou a "musiquinha do gás", no pior estilo de "quem quer dinheiro" do antigo programa de auditório de Silvio Santos. Uma cena que levou o colunista Francisco Escorsim a cravar: "é o programa Botijanja!". A dentadura eleitoral de outros tempos acaba de ganhar sua versão século XXI.
Por trás do folclore, porém, está a lógica política do PT: manter a população nivelada por baixo, dependente do Estado e agradecida ao "pai dos pobres". Como definiu o economista Daniel Vargas no programa Última Análise no canal do YouTube da Gazeta do Povo, o governo se coloca como regulador da miséria nacional. Na visão lulopetista, a pobreza não é um problema a ser superado, mas um capital político a ser explorado.
Botijanja é mais do que um apelido. É um símbolo de como o PT entende o Brasil e tenta perpetuar seu projeto de poder.