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quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Mesmo com federação de partidos, Miguel Coelho volta a criticar Raquel Lyra

Do BLOG DE JAMILDO - Clara Nilo
charlesnasci@yahoo.com.br

Mesmo diante da federação entre o União Brasil e o Progressistas, partido aliado da atual governadora Raquel Lyra (PSD), Miguel Coelho (União Brasil) teceu críticas à gestão do Governo de Pernambuco. Em publicação feita em sua rede social, o ex-prefeito de Petrolina e pré-candidato ao Senado Federal em 2026 declarou que percebe uma certa frustração por parte dos pernambucanos que esperavam uma mudança com a última eleição para governo.

"As pessoas ainda não sentiram essa mudança. Eu acho que quem ganha a eleição tem uma obrigação de governar para todos e fazer um trabalho bem feito, porque senão, infelizmente, quem paga a conta é sempre o mais vulnerável, o mais humilde e a sociedade de uma forma geral", afirmou Coelho.


Ele ainda explicou o objetivo da frente ampla que está defendendo, junto a outros representantes da oposição. "Colocamos aqui uma alternativa, aliada à experiência administrativa de todos os partidos políticos que estão se configurando nessa frente política ampla de oposição, para que a população possa fazer um juiz de valor [sobre quem votar em 2026]", disse ele.

MIGUEL BUSCA ESPAÇO NA CHAPA DE JOÃO CAMPOS PARA O SENADO

A persistência por uma frente ampla "contra" Raquel Lyra, por parte de Miguel Coelho, pode ser interpretada como um esforço para integrar a chapa do prefeito João Campos (PSB) para o Senado Federal. Na última pesquisa divulgada pelo Instituto França, o político obteve 7,89%, ficando atrás de Marília Arraes (17,08%), Humberto Costa (12,95%) e Gilson Machado (8,18%). Marília e Humberto estão se mantendo em primeiro e segundo lugar em todas as pesquisas.

A questão é que, fora Gilson Machado, todos os três candidatos citados buscam o endosso de João Campos. Para "melhorar" a competição, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), também está disputando o prefeito do Recife. Silvio afirmou, inclusive, que a única forma de desistir da corrida eleitoral seria se o próprio presidente Lula (PT) solicitasse. A informação foi publicada pela Folha de São Paulo.

Ao fim, Miguel Coelho seria uma opção mais conservadora comparado à Marília e Humberto. Essa avaliação deve ser considerada, para o bom e para o ruim, por João Campos - que ainda não tomou uma decisão.