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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Chaparral volta a cobrar agilidade da governadora e diz que Surubim "não aguenta mais viver sem água"

Prefeito de Surubim reforçou a cobrança em
 conversa com o jornalista Magno Martins que
esteve lançando seu novo livro na cidade
Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

O prefeito de Surubim, Cleber Chaparral (União Brasil), voltou a cobrar publicamente agilidade do Governo de Pernambuco na execução do projeto que levará água ao município por meio da Adutora do Agreste. As informações são do Blog do Magno, na coluna política desta quinta-feira.

A nova manifestação ocorreu na manhã de ontem durante a passagem do jornalista Magno Martins por Surubim, onde lançou seu livro "Os Leões do Norte". Chaparral, que recentemente havia feito críticas à lentidão do governo estadual em entrevista à Rádio Integração FM, reforçou o apelo e disse que a população está "no limite" com a escassez de água.

"Tenho ouvido muita conversa e pouca ação. Surubim não aguenta mais viver sem água. O problema não é da minha responsabilidade, mas da governadora, que não bota o projeto para andar. De dez reclamações que me chegam por dia na cidade, nove dizem respeito à falta de água nas torneiras. Estamos em tempo de enlouquecer", relatou o prefeito em declaração ao jornalista.

O gestor destacou que o problema vem gerando prejuízos milionários aos cofres municipais, uma vez que a prefeitura tem arcado, sozinha, com os custos para garantir o abastecimento emergencial de comunidades rurais e bairros urbanos.

"Tenho desembolsado mais de R$ 600 mil por mês com o pagamento de carros-pipa. O pior é que não tenho mais de onde tirar dinheiro. E o Governo não me ajuda com nada. De onde vou tirar mais recursos para matar a sede do meu povo? Eu queria que a governadora me desse uma luz, porque eu não tenho de onde tirar mais dinheiro", desabafou Chaparral, visivelmente irritado com a situação.

A crise hídrica em Surubim se agravou nos últimos meses, com longos períodos sem fornecimento de água regular pela Compesa. O município é considerado um dos mais afetados do Agreste Setentrional e aguarda a conclusão da adutora que promete reforçar o abastecimento em toda a região.

O prefeito tem sido um dos principais aliados políticos da governadora Raquel Lyra, mas vem adotando um tom mais crítico diante da lentidão das obras e da falta de respostas concretas. A cobrança pública reforça a pressão sobre o Palácio do Campo das Princesas para acelerar as ações estruturais no Agreste.