Do BLOG PONTO DE VISTA - Wellington Ribeiro
charlesnasci@yahoo.com.br
O dia que prometia ser simbólico para a governadora Raquel Lyra acabou tomando um rumo bem menos festivo. Em teoria, a agenda não poderia ser mais favorável: a presença do presidente Lula em Pernambuco, anúncios relevantes para o estado, como a ampliação da Refinaria Abreu e Lima, e a entrega de uma barragem aguardada pela população de Cupira. Um cenário que, no papel, renderia capital político e celebração.
Mas a política raramente segue o script. No instante em que Raquel parecia buscar uma inflexão na relação com o governo federal, Lula chega acompanhado justamente de quem hoje capitaliza a dianteira na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas: o prefeito do Recife, João Campos. Uma imagem forte o suficiente para reposicionar leituras e alimentar comparações.
A sequência do dia tampouco ajudou. Durante a solenidade no Agreste, território que moldou sua trajetória pessoal e eleitoral, a governadora foi recebida com vaias. Um constrangimento ampliado pelo simbolismo do local, onde sempre encontrou respaldo sólido. Em reação, Raquel afirmou que, "se fosse homem, não estaria recebendo vaias". O argumento, porém, perde força quando se lembra que Paulo Câmara, seu antecessor e aliado histórico de Lula, passou por situações semelhantes em eventos públicos.
Assim, o aniversário que poderia ter sido um ponto alto terminou marcado por contrastes: celebrações institucionais relevantes, mas um desgaste político difícil de ignorar. Para uma gestora que tenta encurtar a distância apontada pelas pesquisas, o episódio reforça a urgência de reorganizar terreno se quiser disputar a reeleição com reais chances de competitividade.
charlesnasci@yahoo.com.br
O dia que prometia ser simbólico para a governadora Raquel Lyra acabou tomando um rumo bem menos festivo. Em teoria, a agenda não poderia ser mais favorável: a presença do presidente Lula em Pernambuco, anúncios relevantes para o estado, como a ampliação da Refinaria Abreu e Lima, e a entrega de uma barragem aguardada pela população de Cupira. Um cenário que, no papel, renderia capital político e celebração.
Mas a política raramente segue o script. No instante em que Raquel parecia buscar uma inflexão na relação com o governo federal, Lula chega acompanhado justamente de quem hoje capitaliza a dianteira na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas: o prefeito do Recife, João Campos. Uma imagem forte o suficiente para reposicionar leituras e alimentar comparações.
A sequência do dia tampouco ajudou. Durante a solenidade no Agreste, território que moldou sua trajetória pessoal e eleitoral, a governadora foi recebida com vaias. Um constrangimento ampliado pelo simbolismo do local, onde sempre encontrou respaldo sólido. Em reação, Raquel afirmou que, "se fosse homem, não estaria recebendo vaias". O argumento, porém, perde força quando se lembra que Paulo Câmara, seu antecessor e aliado histórico de Lula, passou por situações semelhantes em eventos públicos.
Assim, o aniversário que poderia ter sido um ponto alto terminou marcado por contrastes: celebrações institucionais relevantes, mas um desgaste político difícil de ignorar. Para uma gestora que tenta encurtar a distância apontada pelas pesquisas, o episódio reforça a urgência de reorganizar terreno se quiser disputar a reeleição com reais chances de competitividade.






