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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Colaboração do leitor/internauta J. Carlos

As Três Peneiras de Sócrates - Uma lição de vida
Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse: 

-Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
-Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
-Três peneiras? Que queres dizer?
-Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
-Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
-A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?

Envergonhado, o homem respondeu:
-Devo confessar que não.
-A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
-Útil? Na verdade, não.
-Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.

Explicando as três peneiras de Socrates

Antes de tecermos qualquer comentário desabonador a respeito de quem quer que seja, reflitamos: será mesmo verdade o que nos disseram? Gostaríamos que dissessem de nós o que pretendemos contar aos outros? Será verdadeiramente útil para alguém passar adiante o que ouvimos?

Se depois de passar pelas três peneiras, concluirmos que pode não ser verdadeira a informação, ou que, em se referindo à nossa pessoa, não gostaríamos de tal comentário, ou, finalmente, se o que sabemos nada trará de construtivo, de útil a outrem, calemos.

O mal não merece comentário em tempo algum. O mal cresce na Terra porque os bons se encarregam de alardeá-lo aos quatro ventos, à conta de escândalo.
A frase: Você já sabe?, repetida tantas vezes por nossa boca, deve começar a morrer dentro de nós, quando se trate de comentar a vida alheia.


Divulguemos o mau proceder somente quando, comprovado verdadeiro, a sua divulgação possa trazer benefício a terceiros, a título de prudência ou cuidados. Caso contrário, sejamos sempre os promotores da boa palavra, que constrói, edifica, espalha luzes onde se expresse.