A busca de viabilização nacional, para um político com aspirações maiores como Eduardo, passa pela manutenção dos bons índices de popularidade (Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem)
DO JORNAL DO COMMERCIO - 2 DE JANEIRO DE 2011
charlesnasci@yahoo.com.br
O desafio do governador Eduardo Campos para 2011 será cada vez maior, tanto do ponto de vista político como administrativo.
Na área administrativa, Eduardo deve deitar e rolar, ainda colhendo os frutos positivos da atração de grandes projetos na cabeça do eleitor.
Para sua sorte e dos pernambucanos, os vários projetos estruturadores que estão sendo tocados vão lhe garantir dinheiro em caixa de sobra. Construção e serviços, com mão de obra em alta e pagamento de impostos, estão recolhendo impostos como nunca. A arrecadação tem subido. O próprio governador Eduardo Campos, no lançamento da pedra fundamental da Fiat, disse que, em 10 anos, o PIB de pernambuco vai dobrar.
Assim, o desafio continua sendo a gestão ou a consolidação da gestão socialista à frente do Governo de Pernambuco. Depois de conseguir avanços na segurança, na saúde e na educação, as demandas nessas área não serão menores, considerando-se a mudança de patamar que o Estado deve experimentar com mais empresas e projetos.
Um exemplo prático. Uma coisa é colocar bancas nas escolas, pintar paredes e colocar mais professores. Outra - a consolidação dessas ações- é oferecer um ensino que seja reconhecido como de qualidade.
Outro exemplo prático é a área de saneamento e abastecimento de água. Depois de resolver o problema da adutora que traria água para a Região Metropolitana do Recife, acabando com o histórico problema de abastecimento, continuamos na mesma porque os canos estão estourando em toda parte, com a pressão mais forte.
Mesmo o Pacto pela Vida, de combate à violência, não pode ser descurado, tido como problema já resolvido, uma vez que agora, em 2010, mais de 3 mil pessoas ainda foram mortas de forma violenta, em homicídios. O caminho pode ter sido dado, mas falta percorrer um longo percurso, que exige investimentos e atenção permanentes.Na área administrativa, Eduardo deve deitar e rolar, ainda colhendo os frutos positivos da atração de grandes projetos na cabeça do eleitor.
Para sua sorte e dos pernambucanos, os vários projetos estruturadores que estão sendo tocados vão lhe garantir dinheiro em caixa de sobra. Construção e serviços, com mão de obra em alta e pagamento de impostos, estão recolhendo impostos como nunca. A arrecadação tem subido. O próprio governador Eduardo Campos, no lançamento da pedra fundamental da Fiat, disse que, em 10 anos, o PIB de pernambuco vai dobrar.
Assim, o desafio continua sendo a gestão ou a consolidação da gestão socialista à frente do Governo de Pernambuco. Depois de conseguir avanços na segurança, na saúde e na educação, as demandas nessas área não serão menores, considerando-se a mudança de patamar que o Estado deve experimentar com mais empresas e projetos.
Um exemplo prático. Uma coisa é colocar bancas nas escolas, pintar paredes e colocar mais professores. Outra - a consolidação dessas ações- é oferecer um ensino que seja reconhecido como de qualidade.
Outro exemplo prático é a área de saneamento e abastecimento de água. Depois de resolver o problema da adutora que traria água para a Região Metropolitana do Recife, acabando com o histórico problema de abastecimento, continuamos na mesma porque os canos estão estourando em toda parte, com a pressão mais forte.
Na área de saúde, depois de investir em obras de pedra e cal, com a construção de novos hospitais, depois de mais de 40 anos, espera-se uma resposta mais eficaz ao problema do crack, que avança até pelo interior. O problema virou epidemia, sem que as autoridades públicas tenham feito algo notável no combate ao mal.
RECIFE, BRASIL - Na agenda política, o principal desafio será a busca da consolidação política do PSB. Depois do sucesso das eleições estaduais, a cereja do bolo é a Prefeitura da Cidade do Recife. Com alta popularidade, não resta dúvida que Eduardo vai partir para cima dos prefeitos, mas a cadeira que mais interessa é a tomada da prefeitura do PT.
O plano A de Eduardo é Danilo Cabral, colocado em evidência com uma secretaria com grande capilaridade e recursos. A oposição não demonstra até aqui força para tomá-la, e João Paulo, outra liderança da esquerda, está completamente isolado no partido. Há o entendimento de que João da Costa é carta fora do baralho, com uma gestão que não conta com boa avaliação, mesmo sendo de continuidade.
Ainda no plano político, nem a perspectiva de desgates com os problemas de gestão na Fundarpe e Empetur o governador pode ter mais. Primeiro, com força no TCE, conseguiu a postergação do julgamento dos casos, para não estragar o Natal e o Ano Novo da Fiat. Depois, com a reforma do secretariado, deu o golpe de mestre. Luciana Azevedo já disse de público que não saía. O Partido dos Trabalhadores, tentando lavar as mãos, afirmou, por meio de seu presidente, Jorge Perez, que ela não era indicação do partido. Eduardo então colocou o PT na Secretaria de Cultura, que, em tese, manda na Fundarpe. Resultado: quem vai ter que cortar a cabeça dela é o PT.
A busca de viabilização nacional, para um político com aspirações maiores como Eduardo, passa pela manutenção dos bons índices de popularidade. Entre os socialistas, há o entendimento de que o povo de Pernambuco é que vai dizer ao Brasil que Eduardo está preparado para voos mais altos. É nisto que o governador está focado.
Para que o trem não desande, o socialista terá que mostrar toda a sua grande habilidade política. A principal preocupação é não permitir que a base de sustentação pelos aliados rache e quebre, como aconteceu com Jarbas Vasconcelos, com a criação do tal GI, Grupo dos Independentes. Era gente como Armando Neto, José Chaves e outros como Inocêncio Oliveira, que hoje orbitam em torno do governo do PSB. Quando crescem em demasia, as alianças políticas costumam gerar insatisfações - não dá para contentar a todos. Um aliado insatisfeito em 2012 pode rebelar-se em 2014, estourando de vez o equilíbrio do condomínio liderado pelo socialista.