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domingo, 2 de janeiro de 2011

Mais votado do País, Eduardo Campos assume 2° mandato em PE

Após ser (re)empossado, o governador Eduardo Campos (PSB) seguiu para posse de Dilma Rousseff(Foto: Terra)
DO JORNAL DO BRASIL - 1 DE JANEIRO DE 2011
charlesnasci@yahoo.com.br
O governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi empossado às 10h deste sábado, em cerimônia na Assembléia Legislativa do Estado. Também tomou posse o vice João Lyra Neto (PDT) no evento marcado por emoção e referências ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao governador Miguel Arraes - avô de Eduardo Campos.
Estiveram presentes a mulher do governador, Renata Campos, seus quatro filhos, autoridades e sua mãe, a deputada federal Ana Arraes (PSB).
Ao final, o governador passou em revista da tropa da Polícia Militar e seguiu para o aeroporto de Guararapes, onde viaja para Brasília, para assistir a posse da presidente eleita Dilma Rousseff.
Eduardo Campos (PSB) se reelegeu governador de Pernambuco em 2010 e saiu das urnas como o candidato ao executivo estadual mais bem votado, proporcionalmente, no Brasil. Com 3.450.874 de votos, ele obteve 82,83% da preferência do eleitorado. Sua coligação, a Frente Popular reuniu 15 partidos, entre eles, o PSB, PT, PTB e PDT, e teve como vice em sua chapa o pedetista João Lyra. A chapa elegeu ainda dois senadores: Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT).
A eleição foi palco de uma disputa direta de Campos com seu principal adversário no Estado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) que já havia sido prefeito do Recife (por dois mandatos) e ex-governador do Estado (também por dois mandatos). O peemedebista saiu das urnas com 585.724 votos (14,05%).
Campos liderou as pesquisas desde o início da disputa ao governo e tinha como principal plataforma de campanha a ampliação do seu programa de combate à violência, a construção de novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), e o aumento na rede de escolas técnicas, distribuída de forma a atender a todos os municípios do Estado.
O desempenho de Campos nas urnas pode ser atribuído à relação próxima com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pernambuco foi o Estado escolhido pelo governo para a instalação de uma nova refinaria da Petrobras, de uma petroquímica de grande porte (que produzirá ácido tereftálico purificado PTA para a fabricação de PET, polímeros e filamentos de poliéster), das obras para transposição do rio São Francisco e construção da ferrovia Transnordestina, que ligará os portos de Pecém, no Ceará, ao de Suape, em Pernambuco.
O programa para a renovação da frota da Petrobras, exclusivamente com navios fabricados no Brasil, também teve reflexo positivo entre a população pernambucana gerando frutos para Campos. O Estaleiro Atlântico Sul, construído no Porto de Suape, é o ícone da chamada retomada da indústria naval brasileira e possui uma carteira de pedidos de petroleiros e plataformas de petróleo a entregar.
O economista Eduardo Campos tem 45 anos e é casado com a também economista Renata Campos. O casal tem quatro filhos, Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique e José Henrique. A política na vida do governador reeleito veio de berço. Ele é neto de Miguel Arraes, personagem mitológico da política pernambucana, que foi eleito governador, cassado e exilado durante os anos da ditadura militar brasileira. O retorno de Arraes ao Brasil coincidiu com o início da carreira política do seu herdeiro político.
Eduardo Campos venceu como candidato a governador de Pernambuco e como presidente nacional do PSB. Os dois candidatos a governador com melhor índice de votação são do PSB. Além de Campos, o campeão, o vitorioso no Espírito Santo, Renato Casagrande, teve 82,30% dos votos válidos. Elegeu seis governadores (ES, PE, PB, CE, PI e AP), mais do que o PMDB e que o PT, por exemplo. O partido terá três cadeiras no Senado Federal e 34 na Câmara dos Deputados. A deputada federal com maior votação também é do PSB, Ana Arraes, mãe do governador Eduardo Campos.