Barragem de Jucazinho tem muita água, mas racionamento continua

Reservatório acumula hoje mais de 100 milhões de metros cúbicos de água, o que equivale a mais de um terço da sua capacidade

Jucazinho: de acordo com a Compesa, o racionamento de água continuará por medida de precaução, mas não existe risco da barragem secar (Foto: Reprodução)

Do Correio do Agreste (Fernando Guerra)
charlesnasci@yahoo.com.br

Mesmo com pouco mais de um terço de sua capacidade, a Barragem de Jucazinho acumula hoje mais de 100 milhões de metros cúbicos de água. Isso significa que esse reservatório tem mais água que a Barragem de Tapacurá cheia, principal reservatório que abastece a região metropolitana do Recife. Mesmo nas condições atuais, Jucazinho seria a sexta maior represa do Estado.

Embora atenda a 13 municípios do Agreste, a população dessa região é bem menor que a da capital e municípios vizinhos que forma o maior aglomerado humano do Norte e Nordeste do país. Em contato com nossa reportagem, o coordenador regional da Compesa em Surubim, Edvaldo Lemos, disse que o nível em que se encontra a barragem é preocupante tendo em vista que no Agreste o verão teve seu início no último mês.

Depois que Jucazinho encheu, esta é a primeira vez em que acumula menos de 40% de sua capacidade. Informações técnicas não oficiais dão conta que abaixo dos 17% de água acumulada não há forma de tratamento para deixá-la potável. Isso quer dizer que esse manancial dispõe de aproximadamente 22% de sua capacidade máxima para aproveitamento. Resultando, pois, em cerca de 72 milhões cúbicos para o abastecimento da região, abaixo, portanto, dos 94 milhões de Tapacurá.

O racionamento prossegue, sendo que Surubim recebe água 3,5 dias por semana, enquanto os municípios de Vertentes, Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá e Frei Miguelinho recebem os 3,5 dias restantes. Por sua vez a cidade de Surubim, que é dividida em dois setores, recebe água um dia e meio em cada uma dessas áreas a cada semana. Ao concluir, Edvaldo lança dois apelos à população, um para economizar no consumo e outro denunciar furtos responsáveis pelo desperdício de água na região.