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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Casinhas, Surubim, Orobó e Vertente do Lério serão contemplados com sistemas de dessalinização de água

Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

As cidades de Casinhas, Surubim, Orobó e Vertente do Lério estão entre os municípios beneficiados pela implantação de 20 sistemas de dessalinização de água, que atenderão comunidades rurais do Agreste Setentrional. O anúncio foi feito pela governadora Raquel Lyra durante a plenária do programa Ouvir Para Mudar, realizada na semana passada, em Santa Cruz do Capibaribe.

O investimento previsto é de aproximadamente R$ 4 milhões, e os serviços serão executados pela empresa Acquapura Ltda, responsável pelo fornecimento, instalação e manutenção dos equipamentos pelo período de 12 meses. A previsão é que os novos sistemas estejam em pleno funcionamento até 31 de dezembro de 2025, ampliando o acesso à água potável para centenas de famílias da zona rural.

Além das quatro cidades mencionadas, também serão contemplados os municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Vertentes. A iniciativa reforça o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento da infraestrutura hídrica do Agreste, região historicamente afetada pela escassez de água. Com informações do Portal da Cidade Surubim.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Alerta no Agreste: Compesa detalha ações diante do pré-colapso da Barragem de Jucazinho

Do PORTAL DA CIDADE SURUBIM
charlesnasci@yahoo.com.br

Confirmando todas as previsões dos institutos meteorológicos, o inverno na região do Agreste, na bacia hidrográfica do Rio Capibaribe que alimenta a Barragem de Jucazinho, não houve chuvas suficiente para recuperar os níveis de acumulação de água no manancial. A quadra chuvosa dessa região já está se encerrando e a barragem continua em situação de pré-colapso, estando hoje com 2,49% da sua capacidade máxima (204 milhões de metros cúbicos). De acordo com as expectativas dos técnicos da Compesa, o volume atual do reservatório, cerca de cinco milhões de metros cúbicos, pode chegar até o mês de janeiro.

"Nossos estudos e simulações matemáticas indicam que conseguiremos manter a exploração da Barragem de Jucazinho até o início do próximo ano, apesar do elevado índice de evaporação que é comum em épocas mais quentes", ressalta o gerente de Produção da Compesa, Augusto Dantas. Ele destacou que a retirada da cidade de Caruaru do Sistema Jucazinho foi importante para que as demais cidades continuem recebendo água pela rede de distribuição, ação que foi concluída em março deste ano.

Porém, desde o mês de janeiro, quando os níveis de Jucazinho baixaram consideravelmente, devido à escassez de chuvas na região, a Compesa iniciou uma série de investimentos de enfrentamento à crise hídrica buscando minimizar os impactos sobre os municípios atendidos por este sistema.

Para atender as cidades do Tramos Sul, que compreendem Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Bezerros e Gravatá, a Companhia iniciou os testes em uma inversão saindo da Estação de Tratamento de Água – ETA Salgado, que desde março está recebendo água do Rio São Francisco. Esta água está seguindo pela Adutora de Jucazinho fazendo o sentido contrário, para atender a estes municípios. Além desse investimento, Bezerros e Gravatá também receberão o reforço no abastecimento através da conclusão das obras da Adutora de Serro Azul.

Para reforço do abastecimento, também foram iniciados os testes da Estação de Tratamento de Água – ETA Bela Vista, localizada em Caruaru, e que tem a possibilidade de colocar água da Adutora do Agreste nas cidades abastecidas pelo Tramo Norte por Jucazinho, que são: Surubim, Salgadinho, Casinhas, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertentes, Vertente do Lério e Toritama. Ainda para atender as cidades do Tramo Norte, está prevista para outubro a entrega da nova Estação de Tratamento de Água – ETA Alto Capibaribe, localizada no bairro Nova Santa Cruz, em Santa Cruz do Capibaribe, que terá capacidade para produzir 200 litros de água por segundo e está recebendo investimentos na ordem de R$ 13,97 milhões.

Em março, foram investidos R$ 4,4 milhões em uma obra emergencial, entregue em tempo recorde, que interligou a Adutora do Agreste ao Sistema Adutor de Jucazinho para transportar 400 litros de água por segundo do Rio São Francisco para a Estação de Tratamento de Água-Água-ETA Salgado. Com essa medida, Caruaru deixou de ser atendida por Jucazinho e a vazão que atendia ao município foi destinada a Surubim, Casinhas, Salgadinho, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertentes, Vertente do Lério, Toritama, Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Bezerros e Gravatá, que também dependem de Jucazinho. A iniciativa beneficiou 850 mil pessoas.

Em abril, a Compesa realizou intervenções emergenciais para a exploração da reserva técnica do manancial como a instalação de duas balsas flutuantes para captar a água e implantou uma nova tomada de água que foi ancorada na parede da Barragem. O volume de chuvas esperado para este período de inverno, com a esperança de recuperação do manancial, não aconteceu e as previsões são que a água armazenada chegue até janeiro.

ADUTORA DO AGRESTE

A celeridade às obras da Adutora do Agreste é ainda outra ação importante para a região. O trecho da obra do Lote 4B da Adutora do Agreste que compreende Caruaru/Santa Cruz do Capibaribe, passando por Toritama, envolve o assentamento de 66 quilômetros de tubulações, dos quais 63 quilômetros já foram executados e até o início de 2026 deve entrar em fase de testes. Esse trecho será interligado à Adutora do Alto Capibaribe que foi inaugurada em dezembro de 2024 e garantirá a continuidade do atendimento a estes oito municípios que hoje dependem exclusivamente de Jucazinho.

Especificamente para atender as cidades de Bezerros e Gravatá, a Compesa já executou 64% da obra do Lote 5B da Adutora do Agreste, que levará água da Estação de Tratamento – ETA Salgado, em Caruaru, até os dois municípios. Esse lote está recebendo um investimento de R$ 92 milhões.

Com informações da Compesa

Barragem de Jucazinho entra em colapso e opera com apenas 2,5% da capacidade em Pernambuco

Do G1 - TV Asa Branca
charlesnasci@yahoo.com.br

A barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, no Agreste de Pernambuco, opera em situação crítica. De acordo com dados do sistema de monitoramento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), divulgados na última quarta-feira (20), o reservatório está com apenas 2,5% de sua capacidade total, que é de quase 205 milhões de metros cúbicos. A situação preocupa técnicos e moradores, já que o período chuvoso de 2025 terminou sem recuperação do nível da barragem. Dessa forma, segundo a previsão do monitoramento realizado anualmente, não há possibilidade de aumento do volume da barragem de Jucazinho, em Surubim, nas próximas semanas, sendo necessário aguardar o próximo inverno.

Segundo a Doutora em Recursos Hídricos e Tecnologia Ambiental Niadja Menezes, a barragem tem quase 204 milhões de metros cúbicos. Ela comparou a capacidade de Jucazinho com a capacidade da Barragem do Prata, localizada em Bonito, no Agreste de Pernambuco, que possui 42 milhões de metros cúbicos. "Quando a gente faz uma comparação com a barragem do Prata, por exemplo, é uma barragem que tem 42 milhões de metros cúbicos. Então, em Jucazinho, cabem cinco barragens do Prata", disse em entrevista a TV Asa Branca.

Veja no vídeo:
Cada vez mais as chuvas têm diminuído nessa região chamada de bacia hidrográfica, um dos fatores responsáveis por esse fenômeno são as mudanças climáticas, segundo a doutora. O colapso de Jucazinho afeta diretamente o abastecimento de água dos munícios que dependem da barragem em algum grau. Segundo a Compesa, 13 munícipios são abastecidos pelo sistema: Surubim, Casinhas, Salgadinho, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertentes, Vertente do Lério, Toritama, Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Bezerros e Gravatá.

O último registro de transbordamento da barragem ocorreu há mais de 10 anos. Moradores e agricultores da região recordam que, há quase 15 anos, o reservatório chegou a garantir fartura de água para abastecimento humano e irrigação. Hoje, a realidade é oposta: a Compesa precisou reduzir a retirada para apenas 400 litros por segundo. Esse valor representa menos da metade da capacidade de fornecimento em condições normais, que ultrapassa mil litros por segundo, segundo Niadja Menezes.
Em janeiro deste ano, Jucazinho já operava em pré-colapso, com menos de 6% de sua capacidade. Desde então, o sistema só teve redução de percentual. A avaliação da Compesa é de que volumes acima de 20% já seriam considerados um nível confortável, mas a barragem não atinge esse patamar há quase 15 anos, enfrentando sucessivos períodos de estiagem e baixa recarga.

Para reduzir as consequências da crise hídrica, o governo estadual tem reforçado o abastecimento da região com alternativas como o Sistema Adutor do Agreste, que já beneficia cidades como Caruaru e ajuda a reduzir a pressão sobre Jucazinho. Enquanto isso, a população de dezenas de municípios do Agreste segue à espera de um novo ciclo de chuvas que permita a recuperação do maior reservatório da região.

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Governo Federal reconhece situação de emergência em mais de 100 cidades de Pernambuco, incluindo Surubim, Casinhas e Vertente do Lério

Nível da Barragem de Jucazinho, em Surubim:
imagem captada em junho de 2025
Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, nesta quinta-feira (24), a situação de emergência em 101 cidades de Pernambuco em razão da estiagem prolongada que afeta diversas regiões do estado. Entre os municípios beneficiados pelo decreto estão Surubim, Casinhas, Vertente do Lério, Bom Jardim, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Orobó, João Alfredo, Cumaru, Limoeiro, dentre outros, apenas para citar os que estão localizados aqui na região do Agreste Setentrional. Confira a lista completa clicando aqui. As informações são do Diario de Pernambuco.

A portaria com o reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) pela Defesa Civil Nacional, permitindo que as prefeituras possam solicitar recursos do Governo Federal para ações emergenciais. Com isso, é possível viabilizar a compra de cestas básicas, água potável, refeições para equipes de trabalho e voluntários, kits de higiene pessoal, limpeza de residências e dormitório, entre outras medidas de socorro imediato à população.

Além de Pernambuco, outras 18 cidades dos estados da Bahia, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também tiveram a situação de emergência reconhecida
. Os municípios precisam formalizar a solicitação de recursos por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). A Defesa Civil Nacional avalia os planos de trabalho e, com a aprovação, publica no Diário Oficial da União a portaria com os valores a serem liberados.

O MDR, por meio da Defesa Civil Nacional, oferece cursos a distância para capacitar agentes municipais e estaduais no uso do S2iD, ampliando a eficiência na gestão de situações de desastre. Com o reconhecimento federal, a expectativa é que as cidades afetadas pela estiagem possam receber recursos mais rapidamente, minimizando os impactos da falta de chuvas e garantindo ações emergenciais à população.

domingo, 1 de junho de 2025

Janjão explica como será abastecimento de Bom Jardim com envio de água a Surubim


Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

Na última quarta-feira (28), o prefeito de Bom Jardim, Janjão (PSD), recebeu no município o gerente regional da Compesa, Hudson Pedrosa, para uma importante reunião sobre a situação do abastecimento de água. O encontro teve como objetivo discutir alternativas diante do atual cenário de crise hídrica que afeta a região, especialmente devido à queda acentuada no volume da barragem de Jucazinho.

Durante a reunião, o prefeito trouxe informações relevantes para a população. De acordo com Janjão, entre os dias 30 de maio e 9 de junho, o abastecimento de água em Bom Jardim será realizado de forma total. Após esse período, o fornecimento será interrompido por 20 dias, uma vez que a barragem de Pedra Fina, que abastece Bom Jardim, passará a atender temporariamente o município de Surubim.

"A gente está vivenciando um momento de muita crise hídrica, que abateu fortemente o volume da barragem de Jucazinho, fazendo com que ela não tenha condições de sustentar o abastecimento de Surubim. Por conta disso, a nossa barragem de Pedra Fina vai fazer esse encaminhamento", explicou o prefeito.

Apesar da suspensão temporária no abastecimento, Janjão destacou que o distrito de Umari e toda a região acima continuará sendo abastecida normalmente durante o período. Ainda segundo o gestor, todas as preocupações da população quanto à falta de água foram repassadas à Compesa, reforçando a necessidade de ações urgentes que garantam o acesso regular à água, considerado um direito básico de todo cidadão.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Chaparral fala sobre ações para minimizar a falta de água em Surubim


Do PORTAL DA CIDADE SURUBIM
charlesnasci@yahoo.com.br

Em entrevista concedida ao Portal da Cidade Surubim e ao Blog Se Liga Aí, de Taquaritinga do Norte, o prefeito de Surubim, Cleber Chaparral (União Brasil), comentou sobre os esforços que vêm sendo realizados para enfrentar a falta de água na cidade e na região. A crise hídrica que acomete o Agreste tem sido tema de diversos debates, incluindo uma recente
manifestação de procedimento de acompanhamento do Ministério Público de Pernambuco.

Segundo Chaparral, durante viagem a Brasília, onde participou da 26ª Marcha dos Prefeitos em Defesa dos Municípios, o tema da crise hídrica foi discutido com deputados e senadores do estado. O prefeito afirmou que Surubim não ficará sem abastecimento e que medidas concretas estão em andamento para ampliar a oferta de água no município.

"Vamos assinar, nesta semana, um convênio com o Governo do Estado, por meio do qual serão aportados mais recursos para contratarmos mais caminhões-pipa", declarou. Ele também ressaltou o empenho da governadora Raquel Lyra na articulação de soluções, destacando que a água da Transposição do Rio São Francisco já chegou a Caruaru e deve alcançar Toritama ainda neste ano — etapa fundamental para que parte desse abastecimento seja direcionada a Surubim.

Chaparral explicou ainda que Caruaru deixou de captar água da barragem de Jucazinho, o que permitirá maior disponibilidade para Surubim. "Essa obra da Transposição, que o presidente Lula iniciou, está salvando muita gente. Quando Deus manda chuva e a barragem pega um pouco de água, Jucazinho vai ficar só para Surubim", afirmou o prefeito.

Ciente da complexidade da situação, Chaparral enfatizou que está no cargo há apenas cinco meses e que muitas dificuldades herdadas ainda estão sendo enfrentadas. "A gente está atento junto ao Governo do Estado, acompanhando e trabalhando para solucionar a questão da água em nosso município", finalizou.

domingo, 25 de maio de 2025

Surubim tem situação de emergência reconhecida por estiagem pelo Governo Federal


Do PORTAL DA CIDADE SURUBIM
charlesnasci@yahoo.com.br

O município de Surubim, no Agreste de Pernambuco, teve a situação de emergência reconhecida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, devido à estiagem prolongada que afeta a região. A decisão foi oficializada nesta sexta-feira (23), com a publicação da
Portaria nº 1.605 no Diário Oficial da União.

Além de Surubim, os municípios pernambucanos de Iguaracy e Jucati também tiveram o reconhecimento do MIDR. Com isso, passam a ter acesso facilitado a recursos federais para enfrentar os efeitos da seca. Os valores podem ser destinados à compra de cestas básicas, água mineral, refeições para trabalhadores e voluntários, além de kits de higiene e limpeza para famílias atingidas.

Atualmente, Pernambuco registra 96 reconhecimentos de situação de emergência, sendo 92 deles provocados pela estiagem e quatro por chuvas intensas. A solicitação dos recursos deve ser feita pelo
Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). A partir dos planos de trabalho enviados, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as demandas e define os valores a serem liberados por meio de nova portaria.

Para apoiar os municípios nesse processo, a Defesa Civil Nacional também oferece cursos online voltados à capacitação de agentes municipais e estaduais. A lista completa dos cursos está disponível no
site do órgão.

sábado, 17 de maio de 2025

Ministério Público abre procedimento para acompanhar crise hídrica em Surubim

Ação do MPPE foi motivada por reportagens do Portal da Cidade Surubim e discussões na Câmara sobre a falta de água no município

Do PORTAL DA CIDADE SURUBIM - Paulo Lago
charlesnasci@yahoo.com.br

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Surubim, instaurou um Procedimento de Acompanhamento para monitorar a situação de escassez de água no município. A medida foi motivada por informações divulgadas pelo Portal da Cidade Surubim, que noticiaram os recorrentes debates sobre o tema na Câmara de Vereadores e a previsão de uma audiência pública para tratar do assunto. A atuação do Ministério Público reforça a importância do trabalho da imprensa local.

A cobertura do Portal da Cidade Surubim, ao dar visibilidade à crise hídrica e às discussões legislativas sobre o tema, contribuiu diretamente para o acionamento do sistema de fiscalização pública. A portaria de instauração do procedimento, assinada pelo promotor de Justiça Garibaldi Cavalcanti Gomes da Silva, destaca que a falta d’água tem gerado impactos diretos na qualidade de vida da população, na saúde pública e no desenvolvimento socioeconômico local, caracterizando-se como tema de inegável interesse público.

MEDIDAS QUE SERÃO TOMADAS

Entre as primeiras ações do MPPE está a requisição de informações à Presidência da Câmara Municipal de Surubim sobre a data da audiência pública mencionada nas reportagens. Além disso, o Ministério Público oficiou à Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) e ao Governo do Estado de Pernambuco para que, no prazo de 15 dias úteis, apresentem respostas detalhadas sobre:

-As causas da atual escassez de água em Surubim;
-As medidas concretas em andamento para enfrentar o problema, com cronograma e previsão de conclusão;
-A existência e o conteúdo de planos de contingência para garantir o abastecimento da população em caso de agravamento da crise.

O procedimento instaurado permitirá ao MPPE acompanhar a atuação dos órgãos competentes e adotar medidas legais necessárias para assegurar o acesso contínuo e adequado da população à água — um direito fundamental e serviço público essencial, conforme reforçado na portaria.

LEIA MAIS

Confira matérias recentes publicadas pelo Portal da Cidade sobre a falta de água em Surubim:

-Crise hídrica no Agreste é destaque nas discussões em sessão da Câmara Municipal
-Jucazinho: a seca de 2017 pode se repetir?
-Falta de água em Surubim é mais uma vez tema de destaque em sessão da Câmara

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Jucazinho: a seca de 2017 pode se repetir?

Volume da Barragem de Jucazinho volta a preocupar. Com apenas 3,35%, risco de colapso hídrico reacende alerta no Agreste de Pernambuco

Do PORTAL DA CIDADE SURUBIM - Paulo Lago
charlesnasci@yahoo.com.br

A imagem registrada pela repórter Joalline Nascimento, do G1 Caruaru e Região, em abril de 2017, ainda causa impacto: o leito seco da Barragem de Jucazinho, em Surubim, escancarava a dura realidade de uma das piores secas da história recente do Agreste de Pernambuco. O reservatório, que já abasteceu cerca de 800 mil pessoas em 15 municípios, estava completamente vazio após seis anos consecutivos de estiagem. Naquele tempo, cidades entraram em colapso, a palma — planta símbolo da resistência sertaneja — murchava, e os moradores dependiam de caminhões-pipa e cisternas para sobreviver.

O que preocupa é que esse cenário pode estar prestes a se repetir. Atualmente, a Barragem de Jucazinho opera com apenas 3,35% de sua capacidade total. Diante do alerta, a Compesa iniciou serviços emergenciais para viabilizar a utilização da chamada "reserva técnica" do manancial — um último recurso para garantir o abastecimento básico das cidades que ainda dependem dele.

A lembrança de 2017, portanto, deixa de ser apenas memória e volta a rondar como ameaça real. A população do Agreste, mais uma vez, precisa conviver com a insegurança hídrica e torcer por chuvas que possam reverter a atual situação. Enquanto isso, o cuidado com o uso da água se torna essencial — e urgente.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Em Surubim, Chaparral prorroga situação de emergência na zona rural por 180 dias


Do BLOG DO AGRESTE - Alfredo Neto
charlesnasci@yahoo.com.br

O prefeito de Surubim, Cleber Chaparral (União Brasil), prorrogou, por mais 180 dias, a situação de emergência em virtude da estiagem nas áreas da zona rural do município. A situação havia sido decretada em novembro de 2024, quando a gestão estava sob a responsabilidade de Ana Célia (PSB). Segundo Chaparral, "cerca de 10 mil pessoas ainda dependem, exclusivamente, da Operação Carro-Pipa para suprir a falta de água, o que reforça a condição de vulnerabilidade e a necessidade de continuidade das ações emergenciais".

Ao prorrogar a situação de emergência, o gestor diz que a situação está "classificada como desastre natural de origem climatológica". Com isso, ficam dispensadas de licitação, nos termos das legislações que tratam sobre o assunto, "as contratações de bens, serviços e obras destinados à resposta ao desastre e à reabilitação do cenário, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de um ano, contado da ocorrência da emergência". Também fica autorizada a convocação de voluntários e a realização de campanhas de arrecadação.

Conforme o Artigo 6º do documento, esta prorrogação permitirá, ainda, o acesso a benefícios previstos em normas federais. (Arraste para o lado e confira). O decreto entra em vigor nesta segunda (5), data da publicação no Diário Oficial dos Municípios (AMUPE), produzindo efeitos retroativos à data de encerramento da vigência do Decreto 070/2024. Para conferir o decreto na íntegra, o leitor deve acessar o site oficial da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) e clicar na aba Diário Oficial dos Municípios do Estado de Pernambuco.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Compesa inicia testes da obra de integração das adutoras do Agreste e de Jucazinho


Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

Caruaru deixa de ser atendida pelo Sistema Jucazinho e receberá 400 litros de água por segundo pela Adutora do Agreste. A cidade contará agora com 600 l/s do rio São Francisco. A Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa – iniciou, no último domingo (23), a fase de testes da obra de interligação das adutoras do Agreste e de Jucazinho, em Caruaru, para garantir o abastecimento de água para as 14 cidades atendidas pelo Sistema Jucazinho.

Esta foi uma das obras idealizadas pelos técnicos da empresa, que foram finalizadas no sábado (22), para o enfrentamento da crise hídrica decorrente do estágio de pré-colapso da Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim. O reservatório, que é o maior do Agreste, se encontra hoje com 3,8% da sua capacidade total. A partir da integração das duas adutoras à Estação de Tratamento de Água (ETA) Salgado, a cidade de Caruaru, com cerca de 400 mil habitantes, não dependerá mais do Sistema Jucazinho, que contribui há décadas com uma produção de 400 litros por segundo (l/s) de água para o município.

As alternativas encontradas permitirão aumentar a produção de água da Adutora do Agreste para Caruaru em 400 l/s, triplicando a atual vazão da água da Transposição do Rio São Francisco para a cidade, que passará de 200 para 600 l/s. A expectativa é que a fase de testes dure 15 dias, quando a população já sentirá os efeitos dessa iniciativa. Com a retirada de Caruaru do Sistema Jucazinho, a água existente na barragem será destinada exclusivamente às outras 13 cidades assistidas por esse sistema (Tramos Norte e Sul de Jucazinho).

Segundo o presidente da Compesa, Alex Campos, graças a essas ações, também será possível, em caso do colapso de Jucazinho, transpor a água da Adutora do Agreste para o Sistema Jucazinho por meio da inversão do fluxo de água da adutora desse sistema. "Em vez de Caruaru receber água de Jucazinho, este sistema passaria a ter água da Adutora do Agreste, a partir da Capital do Agreste, ou seja, o contrário do que ocorre atualmente", explicou.

Outra vantagem desse conjunto de medidas é a flexibilidade operacional que a Compesa terá para o manejo das águas do Velho Chico à medida que as dificuldades hídricas se apresentem. Essa complexa solução de engenharia foi possível graças aos esforços dos técnicos da companhia, que, ainda de acordo com Alex Campos, se debruçaram em estudos para encontrar soluções a fim de evitar o colapso do abastecimento em várias cidades do Agreste.

Os municípios que integram o Tramo Norte do Sistema Jucazinho são: Surubim, Salgadinho, Casinhas, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertentes, Vertente do Lério e Toritama. Já o Tramo Sul é formado pelas cidades de Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Bezerros, Gravatá e Caruaru, que a partir de agora deixa de contar com a água deste sistema. Com essas ações, serão beneficiadas 850 mil pessoas que vivem nessas cidades.

sábado, 22 de março de 2025

Barragem de Jucazinho está em pré-colapso e região do Agreste sofre crise hídrica


Do JORNAL DO COMMERCIO
charlesnasci@yahoo.com.br

O Governo Federal reconheceu, na última terça-feira (18), a situação de emergência na cidade de Caruaru, Agreste de Pernambuco, por causa da estiagem. A crise hídrica tem afetado a região e se agravado com a situação de pré-colapso da Barragem de Jucazinho, em Surubim, que está com apenas 4,6% da sua capacidade total de armazenamento.

A barragem é um dos maiores reservatórios para abastecimento humano do Agreste e tem capacidade para armazenar mais de 327 milhões de metros cúbicos de água. Ao todo, 14 municípios, como Caruaru, Surubim, Toritama, Bezerros e Gravatá, são atendidos por ela. Em Bezerros, parte da população não tem água na torneira há mais de dois meses.

Para tentar minimizar a crise de abastecimento na região, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai realizar obras emergenciais e tentar levar água para as moradias. Dentre as ações, está a transposição das águas do rio São Francisco, por meio da Adutora do Agreste, 
para o Sistema Adutor de Jucazinho.

A nova adutora terá três quilômetros de extensão e vai permitir que 400 litros de água por segundo sejam transportados do rio São Francisco para a Estação de Tratamento de Água-ETA Salgado. Também devem ser instaladas duas balsas na Barragem de Jucazinho, caso o índice chegue a 3% de acumulação em março.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Manutenção emergencial do Sistema Jucazinho deixa 14 municípios sem água no Agreste


Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

A Compesa anunciou neste terça-feira (28), através de suas redes sociais, a realização de serviços de manutenção emergencial no Sistema Jucazinho para retirada de quatro vazamentos em trechos da adutora de grande porte. O serviço gerará paralisação do sistema por 24h, no caso das cidades do Tramo Norte, e 48h para as do Tramo Sul. A intervenção no Tramo Norte teve início às 7h da terça-feira (28) e será concluída às 7h da quarta-feira (29).

Os municípios afetados são: Salgadinho, Surubim, Casinhas, Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Vertentes e Toritama. Já as atividades do Tramo Sul, mais complexas, vão durar 48h, tendo começado também às 7h da terça-feira (28) prosseguindo até as 7h da quinta-feira (30), cujo ramal atende os municípios de Passira, Cumaru, Riacho das Almas, Caruaru, Bezerros e Gravatá. 

De acordo com a Compesa, a equipe da Companhia irá aproveitar a parada do sistema para executar também manutenções preventivas para garantir melhorias operacionais, especialmente neste momento de escassez de chuvas, quando a barragem Jucazinho se encontra em situação de pré-colapso, com apenas 5,54 % da sua capacidade.

Além da retirada dos vazamentos, estão previstos troca de válvulas e registros e revisão nas estações elevatórias (bombeamento da água), com checagem e substituição de componentes elétricos, dentre outras ações. A mobilização da Compesa envolverá 45 profissionais de diversas áreas, que atuarão em turnos de 24 horas, para dar celeridade aos serviços, além da utilização de equipamentos pesados.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Compesa inicia obras emergenciais para preservar Barragem de Jucazinho


Do BLOG DE EDMAR LYRA
charlesnasci@yahoo.com.br

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está realizando intervenções emergenciais em Caruaru para garantir o abastecimento de água das cidades atendidas pelo Sistema Jucazinho, que enfrenta um cenário de pré-colapso devido à escassez de chuvas. As obras incluem a interligação da Adutora do Agreste ao Sistema Adutor de Jucazinho, permitindo o transporte de 400 litros de água por segundo do Rio São Francisco para a Estação de Tratamento de Água Salgado. A medida visa atender Caruaru e preservar o volume restante da barragem para suprir outras cidades pelo maior tempo possível.

O Sistema Jucazinho abastece 14 cidades, incluindo Surubim, Toritama e Gravatá, beneficiando diretamente cerca de 850 mil pessoas. Com investimento de R$ 4,4 milhões, a Compesa também está implantando uma nova adutora de três quilômetros em Caruaru, conectando a Estação de Tratamento de Água Petrópolis ao reservatório Santa Rosa. Essa estrutura atenderá bairros como Vassoural, Indianópolis e José Liberato, reduzindo a dependência do Sistema Jucazinho. "Essas ações garantem o abastecimento até o próximo período de chuvas, minimizando o risco de desabastecimento total", destacou Alex Campos, presidente da Compesa.

A situação da barragem de Jucazinho é crítica, com apenas 5,76% de sua capacidade total de armazenamento, o menor nível desde 2020. A previsão de chuvas abaixo da média para o primeiro trimestre de 2025 agrava o cenário, com 12 mananciais em colapso total e 29 em estado de alerta no estado. Para enfrentar os desafios da crise hídrica, a Compesa ressalta que essas obras não apenas atendem à emergência atual, mas também reforçam a infraestrutura de produção e distribuição de água, mitigando cenários futuros de escassez.

"Choveu, mas reservatórios da Compesa continuam baixos", diz Alex Campos


Da FOLHA DE PERNAMBUCO - Magno Martins
charlesnasci@yahoo.com.br

O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, em entrevista à Folha de Pernambuco, esclareceu a dúvida de muitos pernambucanos com relação ao decreto de situação de emergência emitido pelo Governo Estadual. Na determinação, a governadora Raquel Lyra (PSDB) decretou situação de emergência em 117 cidades devido à seca
. Porém, desde o início do mês, Pernambuco tem sido atingido por fortes chuvas, especialmente no Sertão, o que causou confusão no entendimento da população. Em resposta a esse questionamento, Alex explicou que as chuvas que atingem Pernambuco neste período do ano não estão caindo nas regiões de coleta de água dos mananciais.

"Apesar de sabermos que está chovendo em várias regiões do Estado, o fato é que Pernambuco é dividido em pequenas microrregiões, do ponto de vista das precipitações pluviométricas em relação às quadras chuvosas e, nem sempre, essas chuvas elas caem onde é necessário. Aliás, se você pegar o decreto que foi publicado, ele se divide em duas partes, uma parte do decreto ele reconhece decretos municipais que já existiam, documentos que remontam dos meses de agosto, setembro, outubro e novembro. A maioria dos municípios que estão em situação de emergência estão concentrados na região do Agreste, mais precisamente abastecidos pela barragem de Jucazinho, onde as fortes chuvas não chegaram", afirmou o presidente.

Ainda segundo Alex, o grande desafio da Compesa no momento é acelerar as obras da Adutora do Agreste e a distribuição da água entre os municípios durante a estiagem, visto que a barragem de Jucazinho se encontra com apenas 5,7% do seu potencial de acumulação. "Para 2025, nós teremos três grandes sistemas. O primeiro é a Adutora do Agreste, em seguida temos a Adutora do Serro Azul, que traz água da barragem de Palmares, na Mata Sul, até o miolo do Agreste, em Gravatá. E, por fim, a Adutora do Alto Capibaribe, que já está levando água até Santa Cruz. Então, quando esse sistema funcionar, inclusive de maneira integrada, a gente vai poder ter um conforto, digamos assim, depender menos do regime de chuvas", explicou.

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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Governo de Pernambuco decreta emergência devido à estiagem em 118 municípios, incluindo Surubim, Casinhas e Vertente do Lério


Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

A governadora Raquel Lyra (PSDB) assinou, nesta terça-feira (21), um decreto de emergência válido por 180 dias devido à intensa estiagem que afeta Pernambuco. Entre os 118 municípios listados estão Surubim, Casinhas, Vertente do Lério e outros da nossa região, como Limoeiro, Bom Jardim, Orobó, Frei Miguelinho, João Alfredo, Machados, Salgadinho, Cumaru e Santa Maria do Cambucá.

A medida busca mitigar os impactos da seca que comprometem os reservatórios e o abastecimento de água em várias localidades. "É um momento crítico, mas o decreto permitirá agilizar ações de socorro e assistência à população", destacou Raquel. A previsão climática da Apac para o início de 2025 indica chuvas abaixo da média, o que reforça a gravidade da situação.

Ações emergenciais já estão sendo realizadas por órgãos como Compesa, Defesa Civil e Apac, com monitoramento constante dos gerenciais e planejamento integrado para enfrentar a crise hídrica que castiga o Estado. As informações são do Diario de Pernambuco. Clique aqui e confira a lista completa de municípios que estão no decreto.

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Barragem de Jucazinho: um alerta sobre a crise hídrica no agreste pernambucano


Do PORTAL DA CIDADE SURUBIM - Paulo Lago
charlesnasci@yahoo.com.br

A Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, no Agreste pernambucano, está operando com apenas 6,16% de sua capacidade total, conforme informações do boletim de volume de água dos reservatórios monitorados pela Apac no domingo (12 de janeiro). Esse nível crítico expõe a região a um sério risco de desabastecimento, intensificando a crise hídrica em uma das áreas mais vulneráveis do estado.

Sendo o principal reservatório para consumo humano no Agreste, Jucazinho tem papel vital para milhares de pessoas. No entanto, a drástica redução de seu volume de água aumenta a possibilidade de colapso no abastecimento, especialmente durante períodos de estiagem marcados por chuvas escassas e irregulares.

A situação da barragem transcende números: seus impactos afetam diretamente a saúde, a economia e o cotidiano das comunidades locais. Agricultores, comerciantes e famílias já enfrentam dificuldades crescentes devido à precariedade no fornecimento de água, uma realidade que se agrava em diversas localidades.

Nesse contexto, a intervenção da Compesa e do Governo de Pernambuco é essencial. É urgente implementar soluções concretas, como o fortalecimento da infraestrutura hídrica, a ampliação dos sistemas de captação e distribuição — com destaque para a integração da água da transposição do Rio São Francisco — e políticas públicas que incentivem o uso responsável dos recursos hídricos. Essas iniciativas são indispensáveis para garantir o abastecimento tanto no presente quanto no futuro.

A população do Agreste Setentrional exige ações imediatas. A crise em Jucazinho reflete décadas de negligência com a região, e sua gravidade pede respostas firmes para evitar um colapso total no fornecimento de água.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Compesa anuncia medidas emergenciais após mais de 50 mananciais estarem em nível crítico

Baixos níveis dos mananciais afetam municípios de todas as regiões; vejam medidas emergenciais da Compesa para conter crise hídrica

Do JAMILDO.COM - Cynara Maíra
charlesnasci@yahoo.com.br

A estiagem prolongada e o aumento das temperaturas afetam os níveis dos mananciais que abastecem várias regiões de Pernambuco. Segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), dos 172 reservatórios utilizados para consumo humano no estado, 54 estão em níveis críticos ou de alerta. A estiagem prolongada e o aumento das temperaturas afetam os níveis dos mananciais que abastecem várias regiões de Pernambuco.

Segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), dos 172 reservatórios utilizados para consumo humano no estado, 54 estão em níveis críticos ou de alerta: Reforço no fornecimento por carros-pipa, com nova etapa de credenciamento de pipeiros a partir de 02 de janeiro.
Reativação de captações antigas, como a do Rio Ipojuca.
Investimentos em adutoras e sistemas complementares, incluindo as Adutoras do Agreste e de Serro Azul.
Retrofits nos sistemas Pirapama e Gurjaú, além da conclusão de obras como o ramal para Caruaru, previsto para 2025.

Os calendários de rodízio para cada localidade entram em vigor em 03 de janeiro e podem ser consultados nos canais da Compesa. Em coletiva de imprensa, o presidente da Compesa, Alex Campos, destacou a importância do uso consciente da água. "A conscientização da população é essencial para atravessarmos esse momento. Estamos monitorando os mananciais e reavaliando constantemente os rodízios", afirmou.

Motivo da crise de abastecimento de água

O aumento das temperaturas acelerou a evaporação das águas dos mananciais e elevou o consumo em várias regiões, especialmente no Agreste e Sertão, áreas historicamente mais vulneráveis. A Barragem de Jucazinho, que abastece 15 municípios, opera com apenas 7% de sua capacidade, enquanto os sistemas Bita e Utinga, que atendem Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, registram níveis de 13% e 14%, respectivamente. No Agreste, a cidade de Águas Belas enfrenta situação crítica com o colapso da Barragem Lamarão, que atende parcialmente o município. Medidas emergenciais incluem a ativação de poços e a ampliação da capacidade de vazão.

Investimentos e soluções a longo prazo

O Governo de Pernambuco anunciou aportes significativos para resolver os problemas de abastecimento no estado. Entre as iniciativas, está a retomada da obra da Adutora do Agreste, com um investimento de R$ 30 milhões, beneficiando Águas Belas e outros municípios da região. Além disso, o Governo planeja reforçar o Sistema Jucazinho com mais de 24 obras para beneficiar cidades do Agreste, como Caruaru, Gravatá e Santa Cruz do Capibaribe.

Regiões afetadas e níveis críticos

Municípios do Sertão, Agreste, Zona da Mata e parte da Região Metropolitana do Recife estão entre os mais impactados. Em Gravatá, por exemplo, três das quatro barragens de nível estão em colapso. O Sistema Suape, que antes abastecia o Cabo de Santo Agostinho, agora depende do Sistema Pirapama, gerando um déficit de 120 litros por segundo. Com a aproximação da quadra chuvosa, prevista para março, a expectativa é que os níveis dos reservatórios comecem a se estabilizar. Enquanto isso, as ações emergenciais e estruturais visam garantir a continuidade do abastecimento e minimizar os impactos para a população

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Estiagem: Surubim, Orobó e outras cidades do Agreste Setentrional em situação de emergência


Da REDAÇÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

A Defesa Civil Nacional reconheceu, na última terça-feira, 3 de dezembro, a situação de emergência no município de Orobó, no Agreste Setentrional de Pernambuco, devido à estiagem prolongada. Com essa medida, Orobó passa a estar apto a solicitar recursos do Governo Federal para a execução de ações de defesa civil.

Segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), esses recursos podem ser destinados a diferentes finalidades, como:

- Assistência humanitária, com distribuição de kits de higiene e alimentos para famílias afetadas;
- Restabelecimento de serviços essenciais, como o abastecimento de água e a desobstrução de vias públicas;
- Reconstrução de infraestruturas públicas e habitações destruídas pelas consequências da seca.

Atualmente, Pernambuco registra 89 reconhecimentos federais de situação de emergência ativa, todos relacionados à estimativa.

MUNICÍPIOS AFETADOS NO AGRESTE SETENTRIONAL

Na semana passada, os municípios de Surubim e Cumaru também obtiveram a decretação de situação de emergência por estimativa. Além disso, outras cidades da região, como Vertente do Lério, João Alfredo e Limoeiro, tiveram uma situação confirmada entre outubro e novembro.

Municípios como Bom Jardim, Santa Maria do Cambucá e Frei Miguelinho estão em situação de emergência desde setembro, enquanto em Casinhas já houve o reconhecimento em agosto deste ano. A medida reflete a gravidade dos impactos da estiagem prolongada, que continua a afetar municípios em toda a região.

Com informações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e do Portal da Cidade Surubim

Barragem de Jucazinho atinge 8,27% da capacidade e acende alerta de colapso no abastecimento


Do BLOG DA POLO
charlesnasci@yahoo.com.br

A Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, no Agreste de Pernambuco, atualmente opera com apenas 8,27% da sua capacidade total. Jucazinho é um dos maiores reservatórios destinados ao abastecimento humano em Pernambuco e desempenha um papel importante para várias cidades do Agreste.

No entanto, o nível atual indica que o volume de água disponível pode não ser suficiente para atender à demanda da região a longo prazo, especialmente considerando a  chegada do período mais seco do ano. Com os 8,27% da capacidade, a barragem enfrenta uma situação de alerta, e o risco de colapso no abastecimento se torna mais real caso o volume não seja restabelecido pelas chuvas.

O impacto de uma possível escassez de água em Jucazinho poderá afetar diretamente a vida de milhares de pessoas no Agreste, que já convivem com as dificuldades típicas do semiárido.

Foto: Lulu/Surubim News