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terça-feira, 29 de setembro de 2015

ALERTA I Alcoolismo mata 3,3 milhões de pessoas por ano no mundo

Imagem: Google Imagens/Reprodução
Do Diario de Pernambuco
charlesnasci@yahoo.com.br

Há 37 anos, o terapeuta ocupacional Ronaldo Guilherme Vitelli Viana, de 56 anos, mentor da comunidade terapêutica Terra da Sobriedade – uma associação de prevenção, recuperação e reinserção de dependentes químicos localizada em Belo Horizonte –, começou a lidar com gente que precisava de ajuda. Ao longo dessa trajetória, ele ajudou a recolocar nos trilhos a vida de um número incalculável de pessoas dependentes de álcool e outras drogas. No momento em que estava chegando ao auge da carreira, Ronaldo dava palestras semanais para 1.500 pessoas e já tinha publicado um livro sobre o tema.


O que seus pacientes nem sequer desconfiavam é que, quando ele encerrava as portas do atendimento, se entregava à bebida alcoólica. Chegou a consumir 1,5 litro de cachaça por semana, além de muita cerveja associada a bebidas destiladas. Naquela época, beber duas latas de cerveja diariamente e tomar alguns porres nos fins de semana era normal. Para se recuperar da ressaca e dar conta do trabalho, porém, Viana não atendia nas segundas-feiras pela manhã. E nas tardes de sexta, por causa da ansiedade pela farra dos fins de semana, também não.

Apesar disso, nunca havia passado por sua cabeça que, como os pacientes que atendia, ele também fosse dependente químico. Até que, há 25 anos, Viana decidiu parar de beber. Para grande parte da população, aquele encontro com um amigo, a festa de aniversário, o jantarzinho a dois e muitas das ocasiões especiais da vida não têm muita graça se não forem regados a uma cervejinha ou a algumas taças de um bom vinho. Para a maior parte das pessoas, nada de mais. Para outras, esse pode ser o início do caminho até o fundo do poço.

Por serem aceitas no mundo inteiro como forma de interação social, relaxamento, comemoração da alegria e afastamento da tristeza, as bebidas alcoólicas também estão associadas à dependência física ou psicológica. Em 1967, dois anos depois de a revista O Cruzeiro publicar reportagem sobre as causas e os efeitos do alcoolismo, que, por sua vez, deu origem à série de reportagens Uma droga legalizada, que o Estado de Minas publica até amanhã, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a considerar o alcoolismo uma doença e recomenda que as autoridades encarem o assunto como questão de saúde pública.

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