Foto: Lula Marques/Divulgação |
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br
Diante da impossibilidade de diálogo e de uma saída que reduza a tensão na sociedade brasileira, governo e oposição têm uma semana para chegar a um número. Precisam conseguir votos - entre os 513 deputados federais - para aprovar ou rejeitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). São necessários 342 votos para tentar afastar a presidente do cargo e fazer o processo chegar ao Senado. Se esse resultado não for alcançado, a vitória é de Dilma. Em caso contrário, essa pode ser uma das últimas semanas da presidente no poder, o que tende a expor os piores lados de cada grupo político.
Diante da impossibilidade de diálogo e de uma saída que reduza a tensão na sociedade brasileira, governo e oposição têm uma semana para chegar a um número. Precisam conseguir votos - entre os 513 deputados federais - para aprovar ou rejeitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). São necessários 342 votos para tentar afastar a presidente do cargo e fazer o processo chegar ao Senado. Se esse resultado não for alcançado, a vitória é de Dilma. Em caso contrário, essa pode ser uma das últimas semanas da presidente no poder, o que tende a expor os piores lados de cada grupo político.
O papel do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem um destaque à parte nos próximos dias. Apesar de ser réu na Lava-Jato e responder a processo no Conselho de Ética da Câmara, ele é o dono da bola. E Cunha fez questão de mostrar algumas estratégias de ataque, com a segurança de que ninguém é capaz de desmontá-las. Para conseguir o placar de 342 deputados favoráveis à cassação de Dilma, Cunha e aliados dividiram a estratégia em partes. A mais importante é estender a votação do impeachment, que começa na próxima sexta-feira, até o domingo, para garantir uma transmissão "estrondosa" na televisão. Outro passo é chamar três vezes o nome dos deputados que decidirem faltar, para tratá-los como "fujões".
Ao invés de fazer como Ibsen Pinheiro no processo de impeachment de Fernando Collor, Cunha não fará chamada por ordem alfabética. Vai chamar os deputados do Norte e do Sul do país, seguindo com os nomes do Sudeste, Centro-Oeste e, por último, os do Nordeste, por serem mais favoráveis a Dilma. Para evitar faltas, ele ainda suspendeu todas as missões ao exterior entre os dias 15 e 25 de abril e atrasou a formação das comissões permanentes da Casa para usar a presidência de cada uma delas como moeda de troca.
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