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terça-feira, 26 de julho de 2016

Maioria dos brasileiros quer nova eleição presidencial, diz pesquisa

A maior parte dos entrevistados, 38%, respondeu que o melhor cenário seria que Temer permanecesse no cargo somente até a realização de uma nova eleição este ano
Foto: Google Imagens/Reprodução
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

Mais da metade da população brasileira acredita que o melhor para o país é a realização de uma nova eleição presidencial ainda este ano, com a saída de cena da presidenta afastada Dilma Rousseff e do presidente interino, Michel Temer, de acordo com pesquisa do instituto Ipsos divulgada hoje (26). O instituto perguntou a 1,2 mil entrevistados "O que é melhor para o Brasil?", com quatro opções de resposta: permanência de Temer até 2018; retorno de Dilma até 2018; permanência de Temer com convocação de nova eleição este ano; e retorno de Dilma com convocação de nova eleição este ano. A maior parte dos entrevistados, 38%, respondeu que o melhor cenário seria que Temer permanecesse no cargo somente até a realização de uma nova eleição este ano. 

Outros 14% optaram pelo retorno de Dilma até o novo pleito. Somadas as duas respostas, o levantamento mostra que a maioria, 52%, é a favor da convocação de novas eleições, independentemente do desfecho do processo de impeachment. A opção menos escolhida, com 14%, foi a permanência de Temer até 2018. Em relação a Dilma, 20% dos entrevistados responderam que o melhor para o país seria que a petista cumprisse seu mandato até o final, em 2018. Conforme as regras determinadas pela Constituição, uma nova eleição presidencial está prevista somente para 2018. A antecipação do pleito é permitida somente no caso de renúncia simultânea de Dilma e Temer. 

Também há a possibilidade de que uma proposta de emenda à Constituição (PEC) seja aprovada pelo Congresso para autorizar uma nova eleição. No entanto, ambos cenários são considerados improváveis. A pergunta sobre o cenário político foi inserida em um estudo mensal mais amplo sobre o Brasil chamado Pulso, realizado mensalmente desde 2005 pela Ipsos, instituto presente em outros 86 países. Segundo a pesquisa, o apoio popular ao processo de impeachment caiu. Em julho, 48% dos entrevistados disse apoiar o impedimento definitivo da presidenta afastada, contra 54% em junho. Entre os que disseram não apoiar o processo de impeachment, o porcentual subiu de 28% para 34% em julho ante o mês anterior.

Governo interino
O levantamento também mostra aumento da avaliação negativa do governo Temer. Em julho, 48% dos entrevistados avaliaram a gestão do peemedebista como ruim ou péssima, ante 43% que deram as mesmas respostas em junho. Os que consideram o governo interino regular se mantiveram em 29%. E 7% consideram o governo Temer “ótimo ou bom”, segundo a pesquisa de julho. Na avaliação pessoal, os porcentuais de Temer ficaram estáveis entre junho e julho, com 70% de desaprovação e 19% de desaprovação. A aprovação de Dilma, por outro lado, cresceu cinco pontos percentuais em julho ante junho, com 25%. A reprovação da petista ficou em 71% em julho.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

GOVERNO TEMER: Gravação sobre Lava Jato derruba ministro Romero Jucá do Planejamento

Romero Jucá. FERNANDO BIZERRA JR EFE
Do EL PAÍS
charlesnasci@yahoo.com.br

Pivô do primeiro escândalo que sacode o Governo interino de Michel Temer, Romero Jucá teve de deixar o Ministério do Planejamento horas depois de Folha de S. Paulo divulgar gravação em que ele sugere articulação para conter a Operação Lava Jato tendo como uma das estratégias o impeachment de Dilma Rousseff. Jucá, homem-forte de Temer e investigado por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, primeiro anunciou que pediria licenciamento, mas terá que se demitir para reassumir o cargo de senador por Roraima. Temer emitiu uma nota em que agradece Jucá por seus serviços prestados e diz querer contar com a ajuda do aliado no Congresso Nacional.

"Registro o trabalho competente e a dedicação do ministro Jucá no correto diagnóstico de nossa crise financeira e na excepcional formulação de medidas a serem apresentadas, brevemente, para a correção do déficit fiscal e da retomada do crescimento da economia." Com o afastamento do ministro, Dyogo Oliveira ficará interinamente no cargo até que o presidente em exercício consiga convencer alguém de sua confiança a assumir a função. Oliveira era secretário-executivo de Nelson Barbosa no Governo de Dilma Rousseff. Para o ministério o principal candidato é o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Para o cargo dele iria Moreira Franco, o atual secretário-executivo do Programa de Parcerias e Investimentos.

A queda de Jucá vem apenas horas depois de ele afirmar a jornalistas que sua conversa com o ex-presidente da subsidiária da Petrobras Transpetro Sérgio Machado não era motivo para que ele deixasse o cargo. "Não tenho nada a temer, não devo nada a ninguém", disse. No áudio de pouco mais de uma hora, Jucá concorda com Machado e diz que o processo de afastamento de Dilma Rousseff levaria Michel Temer ao poder e proporcionaria um acordo amplo, "com o Supremo (Tribunal Federal), com tudo" e "delimitaria a Lava Jato" e poderia proteger até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também investigado. A gravação, provavelmente feita por Machado para negociar delação premiada, está em poder do Ministério Público Federal.

domingo, 15 de maio de 2016

OPINIÃO: A autocrítica que falta aos dois lados

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

O Brasil não aguenta permanecer paralisado. Os empregos estão sumindo, as empresas deixando de honrar seus pagamentos, e as conquistas sociais derretendo. O que se espera do governo de transição iniciado por Michel Temer é que consiga conduzir o país à saída da crise. Embora esteja tendo uma chance de se superar, ele inicia em meio a algumas desconfianças. Foi sócio de um governo que fracassou e participou da formulação e execução de muitas de suas políticas, inclusive em ministérios importantes. O então vice-presidente chegou a conduzir a articulação política do Governo Dilma. Seu partido e aliados têm muitos membros investigados ou já denunciados judicialmente. Temer chega ao governo com problemas de legitimidade, com alguns setores em atitude de conflagração. 

A composição de seu gabinete chamou a atenção pela ausência de representantes de setores populares da sociedade civil organizada. Também pela falta de mulheres, pela frustração da expectativa de um governo de notáveis e pela preponderância de indicações pelo critério apenas partidário. Setores que já são muito fortes na sociedade, como é o caso do financeiro, aparecem em postos chaves da área econômica, a começar por Meirelles e pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Registrem-se pontos positivos na primeira fala do presidente interino. O apelo ao caráter de salvação nacional. O chamamento ao diálogo, à pacificação e à retomada da normalidade. A prioridade à criação de empregos via medidas que acelerem os investimentos em infraestrutra. A promessa de manter programas sociais como bolsa-família, Fies, Prouni, Mais Médicos, Pronatec e Minha Casa-Minha Vida. A decisão de reorganizar o pacto federativo de modo a que estados e municípios disponham de recursos para melhorar os serviços públicos. O reconhecimento de que a Lava-Jato deve continuar. Entre nós, os quatro ministros pernambucanos acenderam a esperança de que o estado volte a receber mais investimentos federais e transferências do orçamento da União até que venha um novo pacto federativo.


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Após protestos, Temer cria Secretaria Nacional de Cultura e coloca mulher no comando

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

Em meio à polêmica sobre a ausência de mulheres no primeiro escalão do governo e do fim do Ministério da Cultura (Minc), o governo Temer decidiu criar uma Secretaria Nacional de Cultura ligada à Presidência da República e tem avaliado nomes femininos para comandá-la. Adriana Rattes, ex-secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e ligada ao PMDB, é uma das cotadas. Extinto na quinta-feira, o ministério foi transferido para a Educação, sob o comando de Mendonça Filho, da cota do DEM. No entanto, diante da forte reação da classe artística, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) recuou da decisão formalizada em medida provisória.

De acordo com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, a nova secretaria não terá status de ministério, embora vinculada diretamente à Presidência da República. O ator Stepan Nercessian havia sido sondado para assumir a pasta, mas foi preterido pela necessidade do governo de ter uma representação feminina. Na sexta-feira, Mendonça Filho foi hostilizado ao se apresentar a servidores do MinC , que o chamaram de "golpista" e cobraram a volta de uma pasta dedicada à cultura. Uma carta foi divulgada pela Associação Procure Saber e pelo Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música (GAP) – compostos por vários artistas famosos – em repúdio ao ato do governo.


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quinta-feira, 12 de maio de 2016

NUNCA ANTES: Cinco pernambucanos assumirão ministérios no Governo Temer

Fotos: Divulgação/Reprodução
Do BLOG DE MAGNO MARTINS
charlesnasci@yahoo.com.br

Pernambuco nunca foi tão contemplado na Esplanada dos Ministérios quanto no Governo Temer: quatro ministros. Mendonça Filho na Educação; Bruno Araújo em Cidades; Fernando Bezerra Coelho Filho em Minas e Energia, e Raul Jungmann na Defesa. Com Romero Jucá, que é do Recife e atua em Roraima, chega- se a cinco.

Michel Temer dá posse aos novos ministros do governo. Assista a íntegra do seu primeiro pronunciamento!

Foto: Divulgação/Reprodução
Do BLOG DE MAGNO MARTINS
charlesnasci@yahoo.com.br

O presidente em exercício Michel Temer deu posse nesta quinta-feira (12) aos novos ministros que vão compor o governo. Temer assume o posto no lugar da presidente Dilma Rousseff, afastada mais cedo pelo plenário do Senado, que deu início ao processo de impeachment dela. Grande parte dos nomes do ministério já havia sido divulgada mais cedo pela assessoria de Temer. Entre os novos integrantes do primeiro escalão estão Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e José Serra (Relações Exteriores).


ASSISTA A ÍNTEGRA DO SEU PRIMEIRO PRONUNCIAMENTO:

     

Segundo a assessoria de Temer, após concluir o ato de posse dos novos ministros do governo, o presidente em exercício fará um pronunciamento à imprensa, mas não responderá a perguntas de jornalistas. No início da noite, o peemedebista irá à cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes. Ao longo de toda a manhã, Temer permaneceu no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, acompanhado de aliados e conselheiros políticos. A mulher de Temer, Marcela, e o filho deles, Michel, desembarcaram na tarde desta quarta (11) em Brasília, enquanto o Senado ainda discutia o pedido de impeachment de Dilma.

Enquanto Temer recebia aliados no Jaburu, pela manhã, a presidente afastada Dilma Rousseff também fez um pronunciamento no Planalto, logo após ter sido intimada pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO) sobre a decisão do Congresso Nacional. Dilma voltou a dizer que o impeachment é "golpe" e que o afastamento dela é "a maior das brutalidades". Em seguida, Dilma fez um discurso no pé da rampa do Planalto, a um grupo de integrantes de movimentos sociais que decidiram apoiá-la. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a acompanhou.

De vice a presidente, Michel Temer assume por até 180 dias

Michel Temer assina notificação de posse como presidente interino encaminhada pelo Senado (Foto: Reprodução Twitter @micheltemer)
Da Agência Brasil (Heloisa Cristaldo)
charlesnasci@yahoo.com.br

Trinta e cinco anos após se filiar ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Michel Temer chega hoje (12) ao maior posto da República brasileira. Provisoriamente, por até 180 dias, Temer responderá pelo cargo de presidente do Brasil, após a abertura do processo de afastamento de Dilma Rousseff ter sido aprovado no Senado. Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu em Tietê (SP) no dia 23 de setembro de 1940 e é o caçula de oito irmãos.

Vice-presidente de Dilma desde o primeiro mandato, Temer foi responsável pela articulação política do governo, com a saída de Pepe Vargas da Secretaria de Relações Institucionais, no início de abril de 2015. Apesar de fazer parte do governo, nos últimos meses, viveu uma relação conturbada com Dilma. Em agosto, anunciou a saída da coordenação política.
Temer recebe notificação de posse cercado por futuros ministros (Foto: Reprodução Twitter @micheltemer)
Em dezembro, Temer escreveu uma carta em que se dizia “vice decorativo” e que não era ouvido pela então presidenta. À época, Dilma disse não ver motivos para desconfiar “um milímetro” de Michel Temer. Ela destacou ainda que não só confia como sempre confiou nele e que o vice-presidente sempre teve um comportamento “bastante correto”. Em março deste ano, o PMDB decidiu deixar a base do governo para apoiar o processo de impeachment que tramitava na Câmara dos Deputados.

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PRONUNCIAMENTO: Dilma discursa após afastamento: 'Tenho sido alvo de sabotagem'

     

Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

Cercada por dezenas de ex-ministros, parlamentares e servidores do Palácio do Planalto, a presidenta afastada Dilma Rousseff faz neste momento um pronunciamento à imprensa em que classificou o processo contra ela de "impeachment fraudulento". Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a "maior das brutalidades que pode ser cometida".

"Não cometi crime de responsabilidade. Não tenho contas no exterior, jamais compactuei com a corrupção. Esse processo é frágil, juridicamente inconsistente, injusto, desencadeado contra pessoa honesta e inocente. A maior das brutalidades que pode ser cometida por qualquer ser humano: puni-lo por um crime que não cometeu", disse. Em falas interrompidas por aplausos e gritos de apoio, a presidenta lembrou que foi eleita por 54 milhões de brasileiros e disse que o que está em jogo não é somente o seu mandato.


"O que está em jogo não é apenas o meu mandato. É o respeito às urnas. À vontade soberana ao povo brasileiro e à Constituição. São as conquistas dos últimos 13 anos. O que está em jogo é a proteção às crianças, jovens chegando às universidades e escolas técnicas. O que está em jogo é o futuro do país, esperança de avançar cada vez mais. Quero mais uma vez esclarecer fatos e denunciar riscos para país de um impeachment fraudulento. Um verdadeiro golpe", declarou.

Em instantes, a presidenta vai sair do Palácio do Planalto pela porta principal que fica no térreo do prédio. Em um cercado próximo à rampa, servidores da Presidência, em sua maioria mulheres, vão recepcioná-la e a acompanharão até a avenida em frente ao Planalto, onde estão concentrados milhares de manifestantes de apoio a ela. De cima de uma estrutura montada, Dilma vai fazer outro discurso condenando o processo que classifica como golpe.

IMPEACHMENT: Dilma deixa Alvorada e segue para o Palácio do Planalto

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do ESTADÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

A presidente Dilma Rousseff deixou na manhã desta quinta-feira o Palácio da Alvorada rumo ao Planalto, onde será notificada pelo 1º secretário, Vicentinho Alves (PR-TO), sobre o seu afastamento da presidência por até 180 dias. A expectativa é de que Alves chegue ao Planalto até 11h. Dilma deverá fazer um pronunciamento em seguida. Começou a se intensificar pela manhã o movimento de militantes para a "despedida" de Dilma. Em frente ao Palácio do Planalto, onde há cercas de isolamento, manifestantes a favor da presidente gritam palavras de ordem, cantam musicas e carregam bandeiras do PT. Há detectores de metal para permitir o acesso dos militantes. No térreo, por onde Dilma deve sair após seu pronunciamento, há também cordões de isolamento.

REPERCUSSÃO: Imprensa estrangeira 'alerta' mundo sobre impeachment no Brasil

"Senado do Brasil afasta Dilma Rousseff do poder", diz a manchete do jornal El País (Foto: El País/Reprodução)
Do ESTADÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

A imprensa da Europa informou o afastamento da presidente Dilma Rousseff por meio de alertas de "urgente" distribuídos a seus leitores. Para o jornal francês Le Monde, o Brasil deu salto "no desconhecido" com a abertura do processo de impeachment no Senado, aprovada no início da manhã desta quinta-feira em Brasília. "Após uma longa noite de deliberações, o Senado chegou, na noite de quarta para quinta-feira, à maioria dos votos necessários para a admissão do processo de impeachment (destituição). A presidente deverá deixar o Planalto, sede da presidência, ladeada por seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente entre 2003 e 2010", informou o jornal francês. "O resultado do voto no Senado a obriga a entregar o poder a seu vice-presidente Michel Temer."

Para o diário parisiense, "uma atmosfera de melancolia" reinava no plenário. "Os senadores se expressaram um mês após o voto mordaz dos deputados. Ao tumulto de seus colegas da câmara baixa eles responderam com solenidade", avaliou Le Monde. Em Londres, o jornal The Guardian acompanhou em tempo real a decisão no Senado. O jornal acompanhou os discursos e destacou as principais frases da madrugada. Sobre a defesa de Dilma Rousseff, publicou a frase do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que advertiu em seu discurso que o Brasil se tornaria "a maior república de bananas do planeta" caso o impeachment fosse aceito. "As acusações contra Dilma Rousseff serão agora investigadas em comitê. O vice-presidente Michel Temer assume o poder durante este período", explicou o jornal britânico.

O El País, de Madri, classificou a sessão plenária como "histórica e extenuante", e lembrou que por "uma maioria simples de senadores brasileiros (55 de 81)" o Senado "deu luz verde ao processo de destituição". "A dirigente do Partido dos Trabalhadores sairá hoje mesmo pela porta principal do Palácio do Planalto, sede presidencial, em um gesto explícito que quer dizer que acata, mas não aprova a decisão", interpreta o jornal. Em Roma o jornal La Repubblica destacou a admissão do processo de impeachment de Dilma Rousseff, afirmou que o Brasil, "em caso de destituição", não vai para eleições antecipadas", e que Michel Temer "completará o mandato presidencial até 1º de janeiro de 2019".

IMPEACHMENT: Isolamento marcou últimos momentos de Dilma antes da decisão do Senado

Presidenta Dilma e o ministro Jaques Wagner observam movimento na Esplanada dos Ministérios pela janela do Palácio do Planalto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Do ESTADÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

O isolamento, uma constante no mandato da presidente Dilma Rousseff, marcou os últimos momentos da presidente no Palácio da Alvorada antes da decisão do Senado, que aprovou no início da manhã desta quinta-feira, a admissibilidade do processo de impeachment. Por volta das 6h30, quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu a votação e logo depois apresentou o resultado, a área ao redor da residência oficial da presidência da República estava em silêncio e sem movimentação. Alguns minutos depois, começou um barulho de fogos de artifícios na região do Lago Sul e Lago Norte, bairros nobres da capital, nas margens do lago Paranoá.

No Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, localizado a um quilômetro do Alvorada, também não havia movimentação. Temer deu ordens para que a segurança só libere a entrada de parlamentares às 9h. Só passaram pelo bloqueio das seguranças das duas pistas de acesso aos palácios carros de funcionários da presidência e seguranças lotados no órgão. Até mesmo tratores da companhia de paisagismo da capital federal foram barrados. Um homem aparentando 45 anos se aproximou de um dos bloqueios e soltou fogos de artifício. Com um semblante sério, não conversou com os jornalistas que estavam próximos ao local.

Dez minutos após o anúncio da decisão do Senado, começaram a chegar carros de reportagens com links. De 5h30 até agora, nenhum carro de autoridade chegou ao Alvorada.

ACABOU: Após mais de 20 horas, Senado aprova processo de impeachment e afasta Dilma

Dilma Rousseff é a segunda presidente brasileira afastada após decisão do Senado
Do Portal UOL
charlesnasci@yahoo.com.br

O Senado aceitou, no início da manhã desta quinta-feira (12), o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Foram 55 votos a favor e 22 contra. Dilma deixa a Presidência um ano e quatro meses depois de assumir seu segundo mandato. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume interinamente assim que Dilma for comunicada oficialmente sobre o afastamento. Ela terá de assinar um documento e, a partir daí, será obrigada a deixar o Planalto. A sessão durou 20 horas e meia.

Dilma ficará oficialmente afastada do cargo por até 180 dias após ser notificada da decisão do Senado, o que deve ocorrer ainda na manhã de hoje. O processo no Senado, no entanto, pode acabar antes dos seis meses. Se for considerada culpada, ela sai do cargo definitivamente e perde os direitos políticos por oito anos (não pode se candidatar a nenhum cargo). Temer será o presidente até o fim de 2018. Se for inocentada, volta à Presidência.

Para que o processo que resulta no afastamento da presidente fosse instaurado, eram necessários ao menos 41 votos (maioria simples) favoráveis. Esta é a segunda vez em 24 anos que um presidente da República é afastado temporariamente para julgamento após uma decisão do Senado. Em outubro de 1992, o Senado abriu o julgamento do então presidente Fernando Collor de Mello, na época filiado ao PRN. Collor renunciou antes de ser julgado. Mesmo assim, teve seus direitos políticos cassados pelo Senado por oito anos. Em 2014, o STF (Supremo Tribunal Federal) o absolveu por falta de provas

segunda-feira, 9 de maio de 2016

NEM AÍ: Renan Calheiros decide seguir com processo de impeachment no Senado

Presidente do Senado não reconheceu decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão
O presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) (Foto: Google Imagens/Reprodução)
De ÉPOCA
charlesnasci@yahoo.com.br

O presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), rejeitou na tarde desta segunda-feira (9) o ofício do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, e decidiu continuar como processo de impeachment no Senado. Na manhã desta segunda, Waldir Maranhão decidiu tornar nulo as sessões dos dias da votação do impeachment na Câmara. Em sua decisão, o presidente interino da Câmara determinou que as sessões da votação ocorressem novamente, num prazo de cinco sessões. O ofício gerou incertezas na continuidade do processo.

Nesta tarde, durante sessão no Plenário, Renan Calheiros pediu a palavra para falar sobre a decisão do Senado a respeito do ofício de Maranhão. Renan decidiu rejeitar o ofício e deu prosseguimento ao processo de impeachment no Senado. "O Senado já está com esse assunto há várias semanas, sendo discutido diariamente na imprensa nacional. Já houve leitura, indicação de líderes, eleição dos membros, instalação da comissão especial que fez nove reuniões presididas pelo senador Raimundo Lira, totalizando quase 70 horas de trabalho. Defesa, acusação e votação. Essa decisão [de Waldir Maranhão] é portanto absolutamente intempestiva", disse Calheiros.

O presidente do Senado não reconhece a decisão de Maranhão argumentando que uma decisão monocromática tomada por apenas um deputado, mesmo sendo o presidente da Casa, não pode se sobrepor a decisão do colegiado da Câmara, que aprovou o impeachment. Ele definiu o ofício de Maranhão de uma "brincadeira" perigosa para a democracia. "Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo. Ao fim não cabe ao presidente do Senado dizer se é justo ou injusto, mas ao Plenário do Senado. Foi essa a decisão do Supremo", disse. A votação do relatório que pede o afastamento da presidente Dilma Rousseff está prevista para quarta-feira (11).

IMPEACHMENT: Militantes ocupam Salão Nobre do Planalto após comemorarem decisão de Maranhão

Manifestantes assistiram à cerimônia de criação de universidades, com a presença de Dilma Rousseff, ministros e parlamentares, e, ao fim da solenidade, anunciaram a decisão de continuar no salão (Foto: Divulgação/Reprodução)
Do ESTADÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

O Salão Nobre do Palácio do Planalto foi ocupado nesta segunda-feira, 9, por cerca de 80 militantes de movimentos sociais e do PT, em resistência ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A movimentação no local teve início antes da decisão do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular o trâmite do processo de impeachment na Casa.

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MEMES: Internet reage ao anúncio da anulação do impeachment da presidente Dilma

Os manifestantes assistiram à cerimônia de criação de universidades e escolas técnicas, com a presença de Dilma Rousseff, ministros e parlamentares, e, ao fim da solenidade, anunciaram a decisão de continuar no salão, transformado em palanque, com discursos e muitas palavras de ordem. Ainda durante a cerimônia, entretanto, os manifestantes interromperam os discursos do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e da presidente Dilma para comemorar a decisão do presidente em exercício da Câmara, em atendimento a um pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). "Uhu, Maranhão", gritavam em euforia. "O Palácio é nosso. Não vai ter golpe, já tem luta", bradavam.

Os manifestantes levaram faixas com as inscrições como "Fica, querida", "Xô, Temer", "Fora Cunha", "Acorda, Brasil, é golpe". Algumas bandeiras foram penduradas nas janelas do palácio. Vestida com uma camiseta vermelha com os dizeres "Dilma, conte comigo", a enfermeira Edva Aguilar disse que os manifestantes não sairão do Salão Nobre. "Enquanto não pararem essa palhaçada, nós ficaremos acampados aqui", avisou Edva. "Somos um escudo de proteção da Dilma. Não vamos deixá-la sair. O que está acontecendo no País é pior do que 1964. É o golpe dos togados".

MEMES: Internet reage ao anúncio da anulação do impeachment da presidente Dilma

Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

Com a notícia de que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, diversos posts bem humorados sobre o assunto foram publicados nas redes sociais. Veja algumas reações da internet:

A reviravolta política foi comparada com uma cena do seriado Game Of Thrones (Imagens: Internet/Reprodução)

REVIRAVOLTA: Presidente interino da Câmara anula processo de impeachment

Maranhão está no exercício do cargo desde sexta-feira, após o STF ter decidido, por unanimidade, afastar Cunha (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Do G1
charlesnasci@yaho.com.br

O presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu nesta segunda-feira (9), por meio de uma decisão monocrática, anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff realizada na Casa no dia 17 de abril. Ele acolheu pedido feito pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Waldir Maranhão substituiu Eduardo Cunha na presidência da Câmara na semana passada depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu afastar o peemedebista do comando da casa legislativa.

O deputado do PP votou contra a continuidade do processo de impeachment na votação da Câmara, descumprindo decisão de seu partido, que havia fechado questão a favor do afastamento da presidente da República. No despacho no qual anulou a votação da Câmara, Maranhão marcou uma nova votação, para daqui a 5 sessões do plenário da Casa, para os deputados federais voltarem a analisar o pedido impeachment. O prazo começa a contar no momento em que o processo for devolvido para a Casa pelo Senado.

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Os últimos dias de Dilma Rousseff

Dilma na chegada da tocha olímpica: o evento ficará para Temer (Jefferson Coppola/VEJA)
Da VEJA
charlesnasci@yahoo.com.br

Entre os muitos enganos que a presidente Dilma cometeu desde que subiu pela primeira vez a rampa do Palácio do Planalto, um foi definitivo para selar seu destino. Dilma sempre teve certezas demais. Acreditou que seria capaz de "corrigir" certas leis de mercado, convenceu-se de que poderia governar apenas com quem bem quisesse e pensou que conseguiria pairar, impoluta, "acima da sujeira do PT". Agora, a última certeza presidencial é que o seu afastamento iminente do poder é o resultado de um complô tecido com os fios da vingança, do oportunismo e da ambição - um golpe urdido por Eduardo Cunha, apoiado pela oposição e consumado por Michel Temer, a quem hoje dedica os epítetos mais cabeludos, sendo "santinho de prostíbulo" o mais suave deles.

A poucos dias da votação no Senado que deve determinar seu afastamento provavelmente sem volta, Dilma está mais isolada do que nunca. No Palácio da Alvorada, recolhida aos aposentos privativos no 2º andar, evita até mesmo lidar com os servidores, que trata como espiões ou espectadores incômodos do seu calvário. Na hora das refeições, a comida sai da cozinha e é enviada às dependências presidenciais por um elevador. Os servidores só ficam sabendo como anda o humor da chefe quando ela liga para a cozinha reclamando de algo (o fracasso em servir ovos cozidos no "ponto Dilma" - gema mole e clara dura - já derrubou ao menos um taifeiro).

Todos os presidentes da República padecem de solidão, mas é certo que Dilma é uma presidente mais sozinha do que foram seus antecessores. No Alvorada, mora só com a mãe. Dilma Jane, de 92 anos, é assistida diariamente por três enfermeiras, locomove-se em cadeira de rodas e, por causa dos lapsos de memória, já não é capaz de fazer companhia à filha. Recentemente, Dilma chamou um deputado petista, que é também advogado, para ir ao Alvorada num sábado discutir estratégias de defesa. O deputado chegou no meio da tarde e permaneceu a seu lado por duas horas e meia. Na saída, espantou-se ao perceber que, durante todo esse tempo, o celular de Dilma não tocara nenhuma vez - ninguém havia procurado a presidente.

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Armando Monteiro deixa ministério para votar contra o impeachment no Senado

Foto: Google Imagens/Reprodução
Da ISTOÉ
charlesnasci@yahoo.com.br

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB-PE), volta a ocupar, nesta segunda-feira, 9, sua vaga de senador por Pernambuco, para votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff na quarta, 11. A exoneração do ministro, que estava licenciado do Senado, está publicada no Diário Oficial da União desta segunda. Armando assume no lugar de Douglas Cintra (PTB-PE), seu suplente. Cintra já havia declarado seu voto contra o impeachment da presidente.

A edição de hoje do Diário Oficial traz ainda mudanças em outros ministérios. Na Saúde, foi exonerado Leandro Reis Tavares da diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a partir de 25 de abril de 2016. Nas Comunicações, foi designado Flavio Lenz Cesar para exercer a função de membro do Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), representante do Poder Executivo, com mandato até 16 de fevereiro de 2019, em substituição a Artur Coimbra de Oliveira.

sábado, 7 de maio de 2016

LAVA JATO: Senadora Gleisi Hoffmann e ex-ministro Paulo Bernardo são denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro

O ex-ministro Paulo Bernardo e a mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo). Há suspeitas de recebimento de R$ 1 milhão oriundos do esquema de desvios de recursos da Petrobras
De ÉPOCA
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O procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou, nesta sexta-feira (6), ao Supremo Tribunal Federal (STF), a senadora Gleisi Hoffman e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo por corrupção e lavagem de dinheiro. Pesam sobre eles as suspeitas de recebimento de R$ 1 milhão oriundos do esquema de desvios de recursos da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Essa quantia teria abastecido a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010. O empresário curitibano Ernesto Kugler Rodrigues também foi denunciado.

A denúncia foi recebida pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Após análise, o caso será levado à segunda turma do tribunal, composta por cinco ministros. Se a denúncia for aceita, o casal se torna réu. A acusação surge após a delação premiada do advogado Antonio Carlos Brasil Fioravante Pieruccin, que confirmou os repasses de dinheiro à campanha da senadora petista. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef já haviam afirmado, em suas delações premiadas, que a campanha de Glesi recebera recursos de propinas de contratos firmados entre a Petrobras e empreiteiras. 

Gleisi é uma das principais lideranças do PT no Senado e uma das mais audíveis defensoras da presidente Dilma Rousseff, de quem foi ministra-chefe da Casa Civil entre 2011 e 2014. Gleisi deixou o gabinete de Dilma para concorrer ao governo do Paraná, mas amargou um terceiro lugar. Paulo Bernardo foi ministro das Comunicações e do Planejamento durante o governo Lula. A defesa do casal afirmou que recebeu a denúncia com “inconformismo” e apontou contradições nos depoimentos dos delatores.