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segunda-feira, 9 de maio de 2016

IMPEACHMENT: Militantes ocupam Salão Nobre do Planalto após comemorarem decisão de Maranhão

Manifestantes assistiram à cerimônia de criação de universidades, com a presença de Dilma Rousseff, ministros e parlamentares, e, ao fim da solenidade, anunciaram a decisão de continuar no salão (Foto: Divulgação/Reprodução)
Do ESTADÃO
charlesnasci@yahoo.com.br

O Salão Nobre do Palácio do Planalto foi ocupado nesta segunda-feira, 9, por cerca de 80 militantes de movimentos sociais e do PT, em resistência ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A movimentação no local teve início antes da decisão do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular o trâmite do processo de impeachment na Casa.

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Os manifestantes assistiram à cerimônia de criação de universidades e escolas técnicas, com a presença de Dilma Rousseff, ministros e parlamentares, e, ao fim da solenidade, anunciaram a decisão de continuar no salão, transformado em palanque, com discursos e muitas palavras de ordem. Ainda durante a cerimônia, entretanto, os manifestantes interromperam os discursos do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e da presidente Dilma para comemorar a decisão do presidente em exercício da Câmara, em atendimento a um pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). "Uhu, Maranhão", gritavam em euforia. "O Palácio é nosso. Não vai ter golpe, já tem luta", bradavam.

Os manifestantes levaram faixas com as inscrições como "Fica, querida", "Xô, Temer", "Fora Cunha", "Acorda, Brasil, é golpe". Algumas bandeiras foram penduradas nas janelas do palácio. Vestida com uma camiseta vermelha com os dizeres "Dilma, conte comigo", a enfermeira Edva Aguilar disse que os manifestantes não sairão do Salão Nobre. "Enquanto não pararem essa palhaçada, nós ficaremos acampados aqui", avisou Edva. "Somos um escudo de proteção da Dilma. Não vamos deixá-la sair. O que está acontecendo no País é pior do que 1964. É o golpe dos togados".