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domingo, 15 de maio de 2016

OPINIÃO: A autocrítica que falta aos dois lados

Foto: Google Imagens/Reprodução
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

O Brasil não aguenta permanecer paralisado. Os empregos estão sumindo, as empresas deixando de honrar seus pagamentos, e as conquistas sociais derretendo. O que se espera do governo de transição iniciado por Michel Temer é que consiga conduzir o país à saída da crise. Embora esteja tendo uma chance de se superar, ele inicia em meio a algumas desconfianças. Foi sócio de um governo que fracassou e participou da formulação e execução de muitas de suas políticas, inclusive em ministérios importantes. O então vice-presidente chegou a conduzir a articulação política do Governo Dilma. Seu partido e aliados têm muitos membros investigados ou já denunciados judicialmente. Temer chega ao governo com problemas de legitimidade, com alguns setores em atitude de conflagração. 

A composição de seu gabinete chamou a atenção pela ausência de representantes de setores populares da sociedade civil organizada. Também pela falta de mulheres, pela frustração da expectativa de um governo de notáveis e pela preponderância de indicações pelo critério apenas partidário. Setores que já são muito fortes na sociedade, como é o caso do financeiro, aparecem em postos chaves da área econômica, a começar por Meirelles e pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Registrem-se pontos positivos na primeira fala do presidente interino. O apelo ao caráter de salvação nacional. O chamamento ao diálogo, à pacificação e à retomada da normalidade. A prioridade à criação de empregos via medidas que acelerem os investimentos em infraestrutra. A promessa de manter programas sociais como bolsa-família, Fies, Prouni, Mais Médicos, Pronatec e Minha Casa-Minha Vida. A decisão de reorganizar o pacto federativo de modo a que estados e municípios disponham de recursos para melhorar os serviços públicos. O reconhecimento de que a Lava-Jato deve continuar. Entre nós, os quatro ministros pernambucanos acenderam a esperança de que o estado volte a receber mais investimentos federais e transferências do orçamento da União até que venha um novo pacto federativo.


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