Cerca de 150 trabalhadores participaram de ato contra a privatização das refinarias no complexo de Suape, nesta quarta-feira (Foto: Sávio Gabriel/DP) |
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
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Funcionários da Refinaria Abreu e Lima cruzaram os braços nesta quarta-feira (30) em Suape, no Cabo de Santo Agostinho. Durante as próximas 72 horas, a categoria pretende fazer atos públicos contra a privatização das quatro refinarias existentes no País. Durante a manhã, petroleiros permanecem em plantão na entrada da refinaria no complexo portuário. Mas a partir das 15h, com apoio da Central Única de Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), está programado um ato "Petrobras 100% pública e estatal. Defesa da Democracia. Eleições Livres" na Praça do Derby, no Centro do Recife.
Leonardo Buarque, membro da diretoria do Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco (sindipetro), explica que a luta dos petroleiros é contra a privatização. "Essa refinaria não é dos petroleiros, é do povo pernambucano. Somos contra a privatização. A greve dos caminhoneiros trouxe os ouvidos para esse problema, mas a nossa voz já estava aqui há muito tempo", disse. Ele diz que o aumento do combustível foi motivado pela tentativa de venda das refinarias. "O investidor internacional quer comprar sabendo que o diesel que vai vender ou refinar terá uma margem lucro maior possível", justifica.
O sindicalista ressalta que muitas das escolas de engenharia do estado foram desenvolvidas com a reboque da Petrobras. "A Petrobras descobriu o pré-sal, mas já era líder de perfuração em águas profundas. É uma indústria que tem uma engenharia que não deixa a dever a nenhum lugar do mundo. Mas essa tecnologia está sendo apropriada pelo mercado internacional", lamenta.