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Do BLOG EDMAR LYRA
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Com oito meses completos de governo, o presidente Jair Bolsonaro vem enfrentando uma série de altos e baixos no seu governo, sobretudo pelas confusões envolvendo suas declarações e seus filhos, o senador Flavio Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, este sendo o mais problemático de todos. Eleito em 2018 sob forte expectativa de mudança em relação ao sistema político vigente, Bolsonaro herdou um país cheio de problemas, sobretudo no âmbito social, econômico e político, principalmente por conta de escândalos de corrupção que culminaram na prisão de diversos atores políticos e econômicos do país.
Apesar de hoje estar muito longe de ser uma unanimidade, favorece Bolsonaro o quadro de terra arrasada que encontrou, possibilitando qualquer melhora econômica ser creditada ao seu governo, e principalmente a falta de adversários. É risível a tese de uma candidatura de Luciano Huck que nunca administrou uma bodega nem conhece nem de perto a realpolitik, além disso todos os adversários do presidente saíram fragilizados. A economia, sempre ela, ditará o favoritismo do presidente Jair Bolsonaro em 2022, uma vez que gerando emprego e renda para o país, o presidente colherá os louros destes avanços.
Além disso, o antipetismo que ainda é muito forte no Brasil, exceto no Nordeste, poderá fazer com que o eleitor prefira a previsibilidade de um governo que apesar dos pesares poderá ter o que mostrar do que a volta do PT, que será novamente o antagonista de Bolsonaro, e foi o grande responsável pela crise que o Brasil se encontra. Portanto, Bolsonaro só chegará fragilizado se entregar um país em 2022 ainda pior do que recebeu, mas qualquer outro cenário, ainda que seja de uma tímida melhora, fará dele o favorito na reeleição, pois foi assim em 1998, 2006 e 2014, quando os presidentes que tinham direito a reeleição tiveram 100% de aproveitamento.