Foto: Divulgação/Reprodução |
Por PAIVA NETTO
charlesnasci@yahoo.com.br
Prezados leitores e leitoras, antes de tudo devo esclarecer-lhes sobre a palavra conSerto grafada com “s” no título deste artigo. Não se trata de erro ou distração no emprego do vocábulo em português. É conSerto mesmo, porquanto, da forma que se encontra o mundo a pré-abrasar-se com o aquecimento global, é melhor que os gêneros confraternizem, unam forças e realizem o conSerto urgente do que ameaça quebrar-se, porque, do contrário, poderemos acabar nuclear ou climaticamente cozidos numa panela fenomenal: o planeta que habitamos. Isto sem falar no ameaçador bioterrorismo.
Feita a observação, peço-lhes licença para justa homenagem às mulheres de todos os segmentos da sociedade — entre eles, étnicos, religiosos, científicos, políticos, enfim: culturais —, àquelas que são a base das nações, quando integradas em Deus e/ou nos mais elevados sentimentos que honram a raça humana, apresentando-lhes texto que enviei e foi traduzido pela ONU em seus seis idiomas oficiais (árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo), por ocasião da 51a sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres, em 2007, na sede das Nações Unidas, em Nova York. Evento que sempre tem a presença da LBV, que leva a sua palavra de paz às delegações do mundo, como ocorre novamente este ano.
“Pão e rosas”
A luta pela emancipação da mulher é antiga. Já nos tempos clássicos da Grécia, esse espírito libertário procurava, sob certo aspecto, o seu caminho nos esforços e dificuldades de Lisístrata, com sua greve do sexo, na qual moveu mulheres de Atenas e de Esparta, para deter a Guerra do Peloponeso, segundo a comédia de Aristófanes. Em 1857, centenas de operárias das fábricas têxteis e de vestuário de Nova York iniciaram um forte protesto contra os baixos salários, jornada de mais de 12 horas e péssimas condições de trabalho. Em 1908, mais de 14 mil delas voltaram às ruas nova-iorquinas. Sob o slogan “Pão e rosas” — “tendo o pão como símbolo da estabilidade econômica e as rosas representando uma melhor qualidade de vida” —, pleiteavam idênticos direitos aos reivindicados pelas trabalhadoras da década de 50 do século 19.
“Pão e rosas”
A luta pela emancipação da mulher é antiga. Já nos tempos clássicos da Grécia, esse espírito libertário procurava, sob certo aspecto, o seu caminho nos esforços e dificuldades de Lisístrata, com sua greve do sexo, na qual moveu mulheres de Atenas e de Esparta, para deter a Guerra do Peloponeso, segundo a comédia de Aristófanes. Em 1857, centenas de operárias das fábricas têxteis e de vestuário de Nova York iniciaram um forte protesto contra os baixos salários, jornada de mais de 12 horas e péssimas condições de trabalho. Em 1908, mais de 14 mil delas voltaram às ruas nova-iorquinas. Sob o slogan “Pão e rosas” — “tendo o pão como símbolo da estabilidade econômica e as rosas representando uma melhor qualidade de vida” —, pleiteavam idênticos direitos aos reivindicados pelas trabalhadoras da década de 50 do século 19.
Aproximadamente 130 delas faleceram durante misterioso incêndio. Mas não ficou só nisso a luta. Três anos depois, também naquela cidade, ocorreu outro trágico acontecimento provocado pelas infernais condições de segurança na Triangle Shirtwaist Company. Em 25 de março de 1911, mais de 140 tecelãs e tecelões, de maioria italiana e judia, morreram calcinados (21 eram homens). Os fatos foram, em sua dramaticidade, registrados: criaturas em desespero jogando-se das janelas do prédio em chamas. As manifestações ocorridas na metrópole cosmopolita alinham-se entre os principais degraus para a emancipação da mulher, bem como os esforços de tantas outras.
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José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br – www.boavontade.com