Do JORNAL O PODER - José Nivaldo Junior
charlesnasci@yahoo.com.br
charlesnasci@yahoo.com.br
Conheci Gastão Cerquinha, um sertanejo típico, rápido, criativo e prolífico, anos atrás. Em algum evento promovido por Magno. Já nas imediações dos 80 anos, forte, lúcido e sábio. Passei a chamá-lo, de forma redundante, Baraúna Sertaneja. Redundante porque a banrúna é uma árvore tipica do Sertão nordestino. Frondosa, longeva e dura - de sua madeira rígida, entre outras coisas são feitos os pilões, que aguentam tranco pesado. Gastão escreveu um livro delicioso com histórias vividas e acontecidas. Completou assim o ciclo das realizações. Pois plantou árvores e teve filhos.
AMOR FILIAL
Era admirável o amor de Magno e dos irmãos pelo velho Gastão. Sempre que possível, os que moram fora iam até Afogados da Ingazeira "beijar a pedra". Assim foi anos a fio.
Nesses dias, naquela mesa uma cadeira ficou vaga. Magno registrou em foto e crônica. A cadeira de Gastão que, recolhido aos seus aposentos, preferiu a paz e o silêncio. Como se preparando para a grande viagem que faria a seguir. Naquela mesa, para sempre, vai faltar ele. A idade, passando dos 100 anos, não serve de consolo. Gastão Cerquinha era tão intenso no ambiente familiar, que valia por existir, de modo atemporal.
FUNERAIS
O velório do patriarca está sendo realizado no plenário da Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira. Seu sepultamento será hoje, às 16 horas, no cemitério São Judas Tadeu, na mesma cidade. Magno Martins aproveitou para agradecer, em nome da família, as centenas de mensagens de condolências e de solidariedade que tem recebido. "Deus, tenho certeza, reservou um bom lugar para ele na eternidade e o recebeu de tapete vermelho", afirmou.