Da CNN BRASIL
charlesnasci@yahoo.com.br
Uma eventual próxima pandemia pode ser tão contagiosa e muito mais letal que a de Covid-19, que já tirou a vida de mais de 2 milhões de pessoas no planeta. É o que alerta o microbiologista congolês Jean-Jacques Muyembe Tamfum, um dos médicos que ajudou a descobrir o vírus ebola, no Congo, em 1976, e que continua pesquisando sobre o tema.
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Uma eventual próxima pandemia pode ser tão contagiosa e muito mais letal que a de Covid-19, que já tirou a vida de mais de 2 milhões de pessoas no planeta. É o que alerta o microbiologista congolês Jean-Jacques Muyembe Tamfum, um dos médicos que ajudou a descobrir o vírus ebola, no Congo, em 1976, e que continua pesquisando sobre o tema.
O surgimento de uma nova enfermidade é chamado pelos cientistas de "doença X". É um conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) para algo inesperado ou desconhecido que ainda pode aparecer. "Estamos agora em um mundo onde novos patógenos surgirão. E é isso que constitui uma ameaça à humanidade", afirmou o pesquisador à CNN.
Tamfum acredita que um novo patógeno seguirá o mesmo padrão de transmissão de outros já encontrados, passando de um animal silvestre para os seres humanos. É o caso da própria Covid-19, além da febre amarela, várias formas de gripe, raiva, brucelose e doença de Lyme. O pesquisador explica que doenças com esse modo de transmissão são chamadas de zoonóticas, isto é, vetorizadas por animais. Segundo o alerta do especialista sobre as enfermidades, a questão não é "se", mas "quando" aparecerão.
O aparecimento cada vez menos raro de doenças zoonóticas, segundo Tamfum, é resultado da destruição do habitat natural das mais diversas espécies pelo mundo, sobretudo, os de predadores de ratos, morcegos e insetos. Com a convivência com os humanos cada vez maior dessas espécies, o perigo de elas se tornarem um vetor de transmissão de doenças é cada vez maior.
O aparecimento cada vez menos raro de doenças zoonóticas, segundo Tamfum, é resultado da destruição do habitat natural das mais diversas espécies pelo mundo, sobretudo, os de predadores de ratos, morcegos e insetos. Com a convivência com os humanos cada vez maior dessas espécies, o perigo de elas se tornarem um vetor de transmissão de doenças é cada vez maior.
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