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O chefe de relações políticas e internacionais do Hamas, Dr Basem Naim, agradeceu ao governo brasileiro e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelas recentes manifestações de apoio à causa palestina. Os comentários de Naim foram transmitidos em vídeo para a conferência nacional do Partido da Causa Operária (PCO). O dirigente do grupo terrorista responsável pelo ataque a Israel em 7 de outubro diz que os membros da organização estão "honrados" por todas as declarações do Estado brasileiro.
"Hoje, estou falando para a audiência dessa conferência em um dos maiores Estados, de um dos maiores países do mundo, uma nação em ascensão, Brasil, que é um país amigo dos palestinos, apoiador da causa palestina. E estamos muito honrados por todas as declarações recentes dos funcionários do governo, particularmente as declarações do presidente Lula sobre seu compromisso e sua postura corajosa de apoiar a causa palestina e, especificamente, exigir um cessar-fogo para parar essa agressão contra nosso povo", afirma Basem Naim.
LIBERDADE DA PALESTINA
O representante do Hamas também declarou que aguarda o dia em que a organização poderá comemorar a "liberdade da Palestina" junto com o Brasil e outros aliados. "Esperamos o dia em que estaremos na Palestina com todos os nossos amigos ao redor do mundo, incluindo nossos amigos e companheiros do Brasil para celebrar a liberdade da Palestina. E penso que será em breve. Mas, até chegarmos a esse momento, temos que fazer nosso dever de casa", afirma Naim. "Estamos no solo, estamos lutando, estamos firmes, estamos comprometidos com nossa causa. Mas, também queremos o apoio de todos os nossos amigos ao redor do mundo, em particular, no grande e amado Brasil", continua ele.
As declarações do dirigente do Hamas vêm à tona poucas semanas após a eclosão da crise diplomática entre Brasil e Israel com as polêmicas falas do presidente Lula em relação às ações das Forças Armadas Israelenses na Faixa de Gaza. Em 18 de fevereiro, durante uma entrevista coletiva em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula criticou Israel pelo número de mortes registrado durante seus ataques em Gaza, e comparou a morte de palestinos com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler. Ao menos 6 milhões de judeus foram mortos pelo regime nazista, entre 1933 e 1945.